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“Em tudo o que fiz, mostrei a vocês que mediante trabalho árduo devemos ajudar os necessitados, lembrando as palavras do próprio Senhor Jesus, que disse: Há maior felicidade em dar do que em receber". (Atos dos Apóstolos 20:35)
A CPT Campina Grande realizou, no dia 14 de abril de 2022, mais uma ação de solidariedade em parceria com a Fraternidade Irmãos de Francisco. Cestas camponesas adquiridas da agricultura familiar paraibana foram doadas para as ocupações urbanas Luiz Gomes, comunidades do Papelão e Walling. Essas comunidades sofrem com inundações em tempos de fortes chuvas.
Ao todo, 100 famílias receberam mais de 1450 quilos de alimentos, como feijão e fubá da Paixão (cuscuz não transgênico, produzido a partir das sementes crioulas), vindos do Polo da Borborema; e goma, batata-doce, mel, limão, abacate, banana e macaxeira, da Acajaman, que também acompanhou as entregas.
O Polo da Borborema é formado por uma rede de 15 sindicatos de trabalhadoras e trabalhadores ruais (STRs), aproximadamente 150 associações comunitárias e uma organização regional de agricultores ecológicos. Já a Acajaman (Associação Cultural e Agrícola dos Jovens Ambientalistas da Paraíba) é uma associação sem fins lucrativos voltada a juventude, a cultura e a agroecologia.
“Se o campo não planta, a cidade não janta”
Foto: Equipe CPT Campina Grande
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No próximo sábado, 02 de abril, em Sapé, será realizado um Ato em memória da morte de João Pedro Teixeira, líder-fundador da primeira liga camponesa na Paraíba. O evento está sendo promovido pelo Memorial das Ligas e Lutas Camponesas e com o apoio de movimentos sociais, entidades e sindicatos.
João Pedro atuou como camponês e defensor do trabalho rural. Seu afinco em prol dos trabalhadores/as rurais, fizeram dele um herói da pátria, principalmente no Nordeste, onde costumava intervir. Após sua morte, sua esposa Elizabeth Teixeira encabeçou a sua luta e não se curvou às ameaças dos latifundiários e deu continuidade à luta por trabalho digno, reforma agrária e justiça no campo.
Em 2002, iniciou-se uma caminhada dos camponeses da cidade de Sapé até a região de Café do Vento, em Barra de Antas, fazendo memória ao trajeto que João Pedro realizou quando foi assassinado. Neste ano, os camponeses/as e agricultores/as da região agregaram as suas lutas, a comunidade tradicional de Barra de Antas, reconhecida desde 2017 pelo Ministério Público Federal (MPF), fazendo o Ato em memória à luta de João Pedro e contra a instalação de Barragem que o Governo do Estado planeja construir na região, retirando centenas de famílias da área.
Para Alane Lima, presidenta do Memorial das Ligas e Lutas Camponesas, “neste ano em que completamos 60 anos da morte de João Pedro Teixeira, é uma data muito emblemática, por que faz 60 anos que não acontece reforma agrária no nosso país.” E se acolhendo aos pensamentos de Elizabeth, a presidenta questiona: como a gente pode ficar bem se ainda existe muitos camponeses/as, muitas famílias que estão no campo, que não tem onde plantar? Então, esse é um ano de denúncia, mas também de anúncio da continuidade e unidade dos povos do campo.”
“Esse é um ano que precisamos nos unir para lutar contra quem nos oprime, lutar contra o agronegócio e contra as oligarquias fundiárias que ainda se mantem no campo e no poder e oprime o povo camponês”, frisou Alane.
Apesar da morte de João Pedro Teixeira ter sido a 60 anos, a casa onde ele viveu e sua família, foi tombada em 2012, no governo de Ricardo Coutinho.
Segundo o ex-governador, o imóvel possui um grande significado cultural, já que pertencia a um dos maiores líderes da Revolução Camponesa do estado e no país.
O ato será no dia 02 de abril, às 14h, saindo em caminhada da comunidade tradicional de Barra de Antas, até o Memorial das Ligas e Lutas Camponesas, culminando em apresentações culturais de artistas populares e a participação de movimentos sociais, como MST, CPT, FETAG, e também de parlamentares e partidos que defendem a causa.
Assessoria de Imprensa
Ato em memória aos 60 anos da morte de João Pedro Teixeira
Telefone contato: (83) 9 9130-4082 MLLC
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Neste mês de fevereiro, a CPT na Paraíba vem contribuindo com ações de partilha de alimentos do povo camponês para famílias em situação de insegurança alimentar e fome em decorrência dos problemas sociais históricos agravados pela pandemia da Covid-19. A campanha solidária está sendo realizada pelo Instituto Frei Beda de Desenvolvimento (IFBD) por meio do projeto “Brasileiros pelo Brasil”, em parceria com a Fundação Banco do Brasil (FBB).
Em Campina Grande, mais de 16 toneladas de produtos das roças de agricultores familiares organizados na Associação Cultural e Agrícola dos Jovens Ambientalistas de Alagoa Nova foram adquiridas, distribuídas em 638 cestas básicas e doadas para famílias acompanhadas pela Casa da Criança Dr. João Moura, Associação para Promoção Humana, Associação dos Trabalhadores Domésticos de Campina Grande e o Centro de Formação Humana e Social- Casa de Acolhida Rosa Mística.
Mais 4 mil cestas camponesas com produtos dos assentamentos acompanhados pela CPT em Cajazeiras foram destinadas para a campanha solidária em outros 21 municípios dos estados da Paraíba, Pernambuco e Ceará. A entrega das cestas com 25kg de alimentos saudáveis foi realizada em parceria com os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) nos municípios, paróquias, sindicatos e associações de moradores. As famílias acolhidas também receberam 4 mil vales gás.
Na Diocese de Guarabira, nos dias 08, 09, 10 e 11 de fevereiro de 2022, foram entregues 16 toneladas e 120 quilos de alimentos da agricultura camponesa, contemplando 620 famílias. Receberam as doações, em Guarabira, 120 famílias acompanhadas pela Paróquia Nossa senhora de Guadalupe Bairro do Nordeste e outras 70, no Bairro do Rosário Guarabira; no município de Alagoinha, 130 famílias acompanhadas pela Instituição AEP-Provida; em Dona Inês, 100 famílias acompanhadas pela CPT juntamente com a Associação dos Trabalhadores Rurais do Assentamento Fazenda Sítio; e em Riachão, outras 170 assistidas pela Casa da Família do Centro de Reverencia de Assistência Social (Cras) Erinete de Aquino Guedes.
Entre os alimentos de cada cesta na Diocese de Guarabira estavam batata doce, jerimum, macaxeira, banana, arroz vermelho, farinha, bolos e feijão. As doações vieram das comunidades Senhor do Bonfim, Vazante, Santa Terezinha, Boa Vitória, Nossa Senhora das Graças, Redenção e Baixio, localizadas nos municípios de Alagoinha, Tacima, Bananeiras, Pilões e Riachão. Também partilharam os alimentos as comunidades da região de Bananeiras que fazem parte da Cooperativa Regional dos Produtores Rurais.
Em João Pessoa, aproximadamente 42 toneladas, isto é, 42.000kg de alimentos saudáveis foram doados beneficiando 1.620 famílias em situação de vulnerabilidade social, entre os dias 08 e 15 de fevereiro. Ao todo, nove comunidades receberam as mais de mil e seiscentas cestas camponesas de 25kg cada.
Na capital, a comunidade Dubai e a escola São Tiago receberam, respectivamente, 300 e 50 cestas; no município de Cabedelo, a Associação Frei Gregório entregou os alimentos para 70 famílias; em Sape, a Comunidade Tradicional Barra de Antas recebeu 150 cestas; em Alhandra, a Associação Cultural Arte e Vida ficou responsável de distribuir outras 100; Juarez Távora, 150 famílias receberam as cestas distribuídas pela Associação das Mulheres Feministas; já nas comunidades periféricas de Itabaiana, Curral de Cima e Jacarau, respectivamente, 150, 50 e 200 famílias ganharam os alimentos.
Foto: Equipe de Guarabira/PB
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Um protesto em frente ao Ministério da Economia de João Pessoa, na Paraíba, denunciou, na manhã da última quarta-feira (16), o chamado “Pacote do Veneno” de Bolsonaro, isto é, a liberação de mais agrotóxicos no Brasil.
O ato simbólico na avenida Epitácio Pessoa, principal via da cidade, chamou atenção para o descaso do governo com a agricultura familiar, o aumento da fome e da inflação no país, os desmatamentos, queimadas e outros ataques ao meio ambiente provocados pelo agronegócio no Brasil.
Entidades representantes dos trabalhadores, movimentos sociais e lideranças políticas da Paraíba participaram do ato simbólico. Entre elas, CPT, MST, MTD, MAB, Fetag, Levante Popular da Juventude, ADUFPB e mandatos do deputado Federal Frei Anastácio e da deputada Estadual Cida Ramos.
Para a CPT, o fortalecimento do agronegócio, a aprovação de milhares de venenos para a produção dos alimentos que chegam a mesa do povo brasileiro, a fome e a miséria e a destruição do meio ambiente são resultados do governo desastroso de Bolsonaro.
A manifestação foi considerada pela CPT de João Pessoa como um ensaio para mais lutas que estão por vir pelo Fora Bolsonaro.
“Pacote do Veneno” - O chamado “Pacote do Veneno” é o Projeto de Lei 6299/02, que pretende flexibilizar ainda mais o uso de agrotóxicos no país. Isso é motivo de preocupação das organizações sociais do campo e ambientalistas porque nos últimos quatro anos mais de 2.000 agrotóxicos já foram liberados – um recorde negativo para a saúde humana e o meio ambiente.
Foto: Ascom ADUFPB
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