Convocada pela memória subversiva do evangelho da vida e da esperança, fiel ao Deus dos pobres, à terra de Deus e aos pobres da terra, ouvindo o clamor que vem dos campos e florestas, seguindo a prática de Jesus
A CPT quer ser uma presença solidária, profética, ecumênica,
fraterna e afetiva, que presta um serviço educativo e transformador
junto aos povos da terra e das águas,
para estimular e reforçar seu protagonismo.
A CPT reafirma seu caráter pastoral e retoma, com novo vigor, o trabalho de base junto aos povos da terra e das águas, como convivência, promoção, apoio, acompanhamento e assessoria:
1. nos seus processos coletivos: de conquista dos direitos e da terra, de resistência na terra, de produção sustentável (familiar, ecológica, apropriada às diversidades regionais);
2. nos seus processos de formação integral e permanente: a partir das experiências e no esforço de sistematizá-las; com forte acento nas motivações e valores, na mística e espiritualidade;
3. na divulgação de suas vitórias e no combate das injustiças;
sempre contribuindo para articular as iniciativas dos povos da terra e das águas e buscando envolver toda a comunidade cristã e a sociedade, na luta pela terra e na terra; no rumo da “terra sem males”.
- Compromisso com a terra
- Compromisso com a água
- Compromissos com os Direitos
Nossos compromissos:
Lutar contra o latifúndio, oficializando o estabelecimento de um limite máximo para a propriedade rural, exigindo amplas desapropriações, combatendo a grilagem e a violência no campo.
Contribuir nas iniciativas que visam superar a fome, a sede e a miséria, apoiando de maneira especial as ações sobre as causas das mesmas: ausência de acesso à educação, saúde, emprego e falta de uma Reforma Agrária camponesa, entendida como um novo modelo de relação e de uso da terra e da água.
Apoiar e incentivar a mobilização dos trabalhadores e trabalhadoras rurais como caminho e instrumento essencial das mudanças, na construção de alternativas que se contraponham ao sistema vigente.
Denunciar e combater todas as formas de corrupção, violência e atentado à dignidade das pessoas, com destaque especial ao combate às formas atuais de escravidão no campo, procurando sua definitiva erradicação.
Defender a água como bem essencial à vida, combatendo sua privatização, desperdício e contaminação, especialmente por parte dos chamados grandes projetos, promovendo seu uso racional por meio de novas políticas a serviço da vida e do bem estar das maiorias, de acordo com os diversos ecossistemas.