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As 72 famílias camponesas do acampamento Antônio Pinto, localizado no município de Caaporã-PB, comemoram a determinação da juíza da Comarca, Dra. Daniere Ferreira de Souza, que suspendeu por um prazo de 180 dias a ação de reintegração de posse favorável a Usina Cruangi/Maravilha.
A decisão da juíza aconteceu após várias mobilizações da comunidade que, neste ano de 2022, celebrou 10 anos de resistência na terra.
Os agricultores e agricultoras seguem organizados e firmes na luta pelo espaço de garantia de direitos como teto, trabalho e alimentos. Realizaram mutirões para ampliar os roçados, reuniões no acampamento e com comunidades vizinhas para reforçar o apoio, como também, uma audiência na Secretaria de Desenvolvimento Humano do Governo do Estado da Paraíba para avaliar a situação das famílias.
Na audiência com a SDH, foi discutido para onde iriam as famílias e quem iria garantir o trabalho, moradia e alimentos caso fosse efetivada a reintegração de posse. Na ocasião, também houve a cobrança para levar em consideração as determinações do Supremo Tribunal Federal (STF) a respeito da suspensão dos despejos. O secretário se comprometeu em encaminhar para a juíza um ofício narrando tais preocupações. Assim, no dia 01 de dezembro, a suspensão da reintegração de posse foi publicada.
Com a notícia, o povo festejou e agradeceu pelos esforços de todos, entendendo que as ações planejadas e efetivadas foram formas de pressão fundamentais para que o estado tomasse a posição.
Para a CPT, essa conquista, ainda que temporária, confirma que a Reforma Agrária só será realizada com a pressão da sociedade e organização do povo. A resistência do povo na Terra, a mobilização e articulação política e a assessoria dos advogados levaram a esse resultado que concede um tempo para buscar saída definitiva para a situação.
"Terra para quem nela trabalha"
Foto: Equipe CPT João Pessoa
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Um homem armado, acompanhado de outras cinco pessoas, tentou invadir a comunidade do Sítio São João, situada no município de Santa Cruz, na Paraíba, na última terça-feira, 04/10. Cerca de vinte famílias posseiras vivem no Sítio São João há muitas gerações. Um boletim de ocorrência foi registrado na 1ª Delegacia Distrital de Sousa.
De acordo com os agricultores e agricultoras, Eutropio Maria Vasconcelos Filho, conhecido como Muido de Tropinho, chegou ao local em sua caminhonete D20, cor azul, carroceria de madeira, transportando canos e motores. Portando uma arma de fogo na cintura, ele afirmou que iria tirar água do cacimbão para dar aos animais. No momento que tentou adentrar com a caminhonete no sítio, foi impedido pelos moradores, que logo chegaram ao local.
Foi preciso acionar a polícia militar porque o homem armado insistiu em invadir a área. Porém, quando a guarnição da PM chegou, mais de uma hora depois, o suspeito e seus comparsas já haviam ido embora.
Eutropio Filho é empresário no ramo do comércio na cidade de Pombal, que fica a cerca de 70km de Santa Cruz. Pela segunda vez, ele tenta invadir a comunidade alegando que comprou o imóvel rural e que tudo que lá existe é dele. Contudo, todas as benfeitorias existentes na área rural foram construídas pelos posseiros e seus antepassados.
Os moradores se sentiram intimidados e ameaçados. No B.O. realizado à noite no dia do conflito, informaram que existe um processo na justiça discutindo a propriedade dos imóveis, mas nunca houve intimação judicial referente à reintegração de posse.
A CPT está acompanhando o caso de perto, fazendo visitas às comunidades e orientando as famílias da área.
Fotos: Divulgação / Equipe CPT Cajazeiras/PB
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Defensores dos Direitos Humanos e pela democratização da terra na Paraíba foram surpreendidos, no último dia 23 de agosto, com a notícia de que foi aprovada pela Câmara de Vereadores de Campina Grande uma homenagem a Zito Buarque, um dos mandantes do assassinato de Margarida Maria Alves.
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