Parte dos 45 empregados do Engenho Amoroso, em Amaraji (PE), estava no local há mais de 30 anos, sem registro nem salário mínimo. As casas onde moravam com suas famílias não tinham instalações sanitárias ou elétricas
Na entrevista coletiva de lançamento do novo documento realizada na capital federal, a diretora da OIT no Brasil, Laís Abramo, ressaltou que o problema mundial do trabalho forçado está associado a processos de globalização
Nesta última terça-feira, dia 12, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) divulgou um relatório em que apresenta o perfil das pessoas submetidas a esse tipo de trabalho no mundo. O estudo, intitulado "O Custo da Coerção", faz uma reflexão sobre as tendências básicas analisadas na avaliação do trabalho forçoso mundial dos últimos quatros anos.
Se não fossem as práticas de trabalho forçado, as vítimas poderiam ser beneficiadas com recursos adicionais da ordem de US$ 21 bilhões por ano. O cálculo faz parte do novo estudo sobre o tema lançado nesta terça-feira (12) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). O relatório, intitulado "O Custo da Coerção", também detalha experiências inovadoras e dificuldades cada vez mais complexas no combate à quantidade crescente de práticas fraudulentas e criminosas que podem resultar na submissão de pessoas a situações de trabalho forçado.