- Detalhes
- Categoria: Alagoas
As famílias camponesas retornaram ao Iteral – órgão do governo do estado – para cobrar a celeridade dos trâmites necessários para a regularização fundiária
Nesta terça-feira, 08/02, as famílias sem-terra dos acampamentos Bota Velha e Mumbuca, situados em Murici, e Nossa Senhora de Guadalupe, em Igaci, voltaram a ocupar o Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral) para pressionar o cumprimento da promessa de regularização fundiária dessas áreas. Nelas, centenas de pessoas vivem e tiram seu sustento a partir da produção de alimentos saudáveis há mais de duas décadas.
Há exatos 15 dias, as comunidades, acompanhadas pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), estiveram pela última vez no Iteral e ontem, 07/02, foi o prazo acordado com o presidente do órgão, Jaime Silva, para apresentação das respostas sobre o andamento da resolução de cada caso.
Jaime recebeu os agricultores e as agricultoras e, dessa vez, trouxe boas notícias, ainda que não seja o fim definitivo das incertezas das famílias camponesas e dos conflitos no campo em questão. Os informes dados pelo presidente durante a audiência foram confirmados, quando necessários, pelo advogado do órgão, Dr. João Daniel, que também esteve presente na ocasião.
Acampamento Nossa Senhora de Guadalupe (Igaci) – O primeiro informe foi voltado para as camponesas e camponeses que vieram de Igaci. De acordo com o presidente do Iteral, a Procuradoria Geral do Estado (PGE), em diálogo com o órgão, modificou o parecer contrário à doação da terra pública para fins de regularização fundiária em benefício das famílias acampadas. Agora, o parecer foi favorável ao anteprojeto, que já foi encaminhado pelo gabinete civil para a Assembleia Legislativa, onde será destinado a um deputado relator, para aprovação na Casa.
Acampamento Mumbuca (Murici) – O Iteral e a Caixa Econômica Federal (CEF) firmaram em acordo sobre o valor do imóvel rural ocupado pela comunidade de Mumbuca. A aquisição da área pelo Governo de Alagoas foi autorizada em Brasília/DF. Para que seja feita a assinatura do contrato, a CEF precisa regularizar o registro da propriedade. Segundo Jaime Silva, o recurso dessa negociação será transferido para a conta do próprio Iteral.
Acampamento Bota Velha (Murici) – A situação das famílias de Bota Velha é mais delicada porque o proprietário até então não demonstrou interesse em vender a área ocupada. Contudo, de acordo com o presidente do Iteral, o governador Renan Filho reabriu o diálogo sobre uma possível negociação.
A expectativa é que o sofrimento dessas famílias camponesas tenha um fim o quanto antes. Para tanto, elas continuam mobilizadas e vão retornar na próxima semana. A CPT enviou um ofício, no dia 25/01/2022, solicitando uma audiência com o governador e aguarda a confirmação.
Para a CPT, o apoio e a empatia da população maceioense são muito importantes nesse processo de luta pela terra. A reforma agrária dessas áreas, via estado, trará benefícios para todos, tanto para quem trabalha na roça, quanto para quem consome alimentos saudáveis e para o próprio estado que, aos poucos, pode conquistar sua soberania alimentar, rompendo com a dependência de produtos de outros estados. Alagoas tem um povo trabalhador, cheio de disposição para produzir alimentos, mas a concentração de terra impede o desenvolvimento e gera a fome, a miséria e a violência.
Texto: Lara Tapety/CPT-AL
Foto: Carlos Rodrigues/Iteral
- Detalhes
- Categoria: Noticias
- Detalhes
- Categoria: Noticias
Indigenistas e representantes de povos originários da Amazônia acusam a Fundação Nacional do Índio (Funai) de "perigosa negligência" diante da confirmação de um novo grupo de indígenas isolados que não constava no registro oficial do Estado brasileiro.
- Detalhes
- Categoria: Noticias
Assinado por diversas entidades e pela CPT, o documento pede justiça pela morte do congolês Moïse Kabagambe, de 24 anos, morto na segunda-feira (24) no Rio de Janeiro (RJ). Moïse, que trabalhava por diárias em um quiosque na Barra da Tijuca, Zona Oeste da cidade, sofreu uma série de agressões depois de ter cobrado dois dias de pagamento atrasado. O corpo do congolês, refugiado político no Brasil desde 2014, foi encontrado amarrado a uma escada.
- Mapeamento aponta 52 municípios considerados “agroecológicos” no Brasil
- Famílias participam de formação sobre produção em consórcio agroecológico no RN
- Educação e Trabalho concentram cortes de Bolsonaro; veja quanto cada ministério perde em 2022
- CPT e camponeses cobram regularização fundiária de antigos acampamentos
Alagoas Total de Artigos: 278
Paraíba Total de Artigos: 241
Pernambuco Total de Artigos: 561
Rio Grande do Norte Total de Artigos: 85
Comissão Pastoral da Terra Nordeste II
Rua Esperanto, 490, Ilha do Leite, CEP: 50070-390 – RECIFE – PE
Fone: (81) 3231-4445 E-mail: cpt@cptne2.org.br