Comissão Pastoral da Terra Nordeste II


A Usina Trapiche localizada no município de Sirinhaém, Pernambuco, comete crime de desmatamento da vegetação nativa da mata atlântica e mangue, para construção de uma estrada clandestina paralela ao Rio Sibiró, que dará acesso à plantação de cana de açúcar da usina.

Famílias de pescadores da região denunciaram o fato à CPT – Comissão Pastoral da Terra e a CPRH. Segundo os Pescadores do local, a obra iniciou há 15 dias e os tratores e máquinas usados para derrubar e recolher os troncos apresentam logomarca da Usina Trapiche.

Ontem, dia 17 de abril, os técnicos da Agência Estadual do Meio Ambiente de Pernambuco e policiais do CIPOMA, estiveram no local denunciado e constataram aterro em área de Preservação Permanente, nas terras da Usina que ainda detém a posse pelo regime de aforamento da União. Após muita luta da comunidade pesqueira local, a área afetada está prestes a ser decretada a Resex - Reserva Extrativista.

Para a CPT a criação da RESEX vai proteger o meio ambiente e as populações tradicionais.

 

 

O desmatamento desrespeita a comunidade que vive da pesca, viola o Estado de direito, a legislação ambiental.

Diante desta grave ocorrência a Comissão Pastoral da terra exige do Governo do Estado e do Ministério Público que os infratores respondam civilmente e penalmente, e seja providenciada urgentemente a retirada de todo material usado no aterramento da área em questão afim que o ecossistema seja reconstituído.

Usina é reincidente

Esta não é a primeira vez que a Usina Trapiche comenta crime ambiental. Em junho de 2008, 24 usinas incluindo a Trapiche foram autuadas por cometerem crime ambiental. Naquela ocasião a autuação foi anunciada à população pelo Ministério do Meio Ambiente.

Em outubro de 2009 o IBAMA realizou uma expedição identificando no Rio Sirinhaém, e seus afluentes dejetos, fruto da lavagem industrial da cana de açúcar. Esse material, segundo o IBAMA, é considerado de altamente poluente, e foi a causa da mortandade dos peixes e da poluição dos rios Sirinhaém e seus afluentes constatado na época.

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fotos da estrada clandestina

 

 

 

 

 

 

 

 

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