Mesmo reconhecendo o envolvimento no crime, o júri decidiu absolver os capangas da antiga Fazenda Taipú, acusados pelo assassinato de um trabalhador rural sem terra, na Paraíba .
Aconteceu, nesta terça-feira, dia 1º, o julgamento dos acusados pelo assassinato do trabalhador sem terra ligado à CPT, Manoel Luiz da Silva, ocorrido há 12 anos, no município de São Miguel de Taipú, na Paraíba. Os acusados Severino Lima da Silva, 53 anos, e José Caetano da Silva, 60 anos, foram à júri popular no Fórum do município de Pilar, localizado a 52,2 quilômetros de João Pessoa (PB). O júri reconheceu por cinco votos a dois a participação dos réus no crime, mas, apesar disso, decidiu, por quatro votos a três, absolvê-los da acusação. O Ministério Público da Paraíba vai recorrer da decisão do júri popular.
O agronegócio visa somente o lucro e dificilmente irá ter uma real preocupação com as questões ambientais e relações de trabalho. A opinião é do Coordenador Nacional da Comissão Pastoral da Terra (CPT) Dirceu Fumagalli, que participou da divulgação dos dados preliminares do relatório de conflitos do campo. A região Norte foi a que apresentou os maiores índices de assassinatos e trabalho escravo do País.
Debater sobre participação dos/as jovens nos assentamentos, a realidade da juventude camponesa e a perspectiva de organização desses sujeitos para combater o agronegócio e o latifúndio na região. Esses foram um dos objetivos do I Seminário da juventude camponesa da zona da mata norte de Pernambuco. O seminário, que aconteceu neste fim de semana, dias 28 e 29 de novembro, reuniu 35 jovens das áreas de assentamento da Reforma Agrária acompanhadas pela CPT na Zona da Mata Norte: Chico Mendes I, Nova Canaã, Ismael Felipe, Sirigi e Belo Horizonte. A atividade aconteceu na Escola Base - Centro de Educação Básica e de Formação Continuada de Professores das Escolas do Campo, localizada no município de Aliança.
Um teólogo famoso, no seu melhor livro - Introdução ao Cristianismo - ampliou a conhecida metáfora do fim do mundo formulada pelo dinamarquês Sören Kierkegaard, já referida nesta coluna. Ele reconta assim a história: num circo ambulante, um pouco fora da vila, instalou-se grave incêndio. O diretor chamou o palhaço que estava pronto para entrar em cena que fosse até à vila para pedir socorro. Foi incontinenti. Gritava pela praça central e pelas ruas, conclamando o povo para que viesse ajudar a apagar o incêndio.