Em encontro, comunidades camponesas de Alagoas partilham sementes não transgênicas para fortalecer as práticas agroecológicas
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“O encontro com agricultores, e especialmente com agricultoras, com mulheres envolvidas na relação com a terra e com as sementes, é algo muito forte, porque eu encontro um pouco meu habitat, que é a terra, são as sementes e as mulheres com um conhecimento simples, mas com tanta autoridade para falar sobre coisas muito importantes para a nossa sobrevivência e do planeta: plantar, resgatar e se relacionar com as plantas, com a terra, com outros seres que também têm sua vida própria e precisam do respeito, da atenção, dessa relação recíproca”, relatou a camponesa Águida Póvoas Marinho, da comunidade do assentamento Flor do Bosque, sobre o Encontro de Sementes realizado na semana passada.
O 2º Encontro de Sementes, promovido pela Comissão Pastoral da Terra (CPT) de Alagoas, aconteceu nos dias 10 e 11 de maio no assentamento Flor do Bosque, localizado no município de Messias. A programação contou com mística – momento de reflexão, com músicas e leituras bíblicas, orações; leitura dos encaminhamentos do último encontro, realizado pouco antes da pandemia, em 2020; exibições de vídeos, debates, troca de sementes e compromisso de cada comunidade a respeito dos encaminhamentos da atividade.
Os participantes do encontro conversaram sobre a importância do banco de sementes e da conservação das mesmas, deram continuidade as ideias de mapeamento das espécies existentes em cada comunidade, a seleção de qualidade e a partilha com objetivo de diversificar as plantações e ampliar as práticas agroecológicas.
“Nesse encontro eu troquei sementes não modificadas, sementes que a gente pode chamar de crioulas, porque não passaram pelo processo de modificação feito por laboratórios e pelas indústrias. Trouxe algumas sementes e uma muda [de planta] que já está já está na terra. Mais para frente não eu posso falar do resultado das sementes”, contou Águida.
A camponesa apresentou sua experiência com a produção do pão caseiro feito de inhame, doce e biomassa de banana. “É um pão que não é totalmente orgânico porque leva farinha de trigo, mas como eu acrescento esses outros produtos, fica um pão mais saudável, mais próximo de um pão é orgânico, eu diria assim”, explicou.
Para Águida, a partilha do pão durante o lanche do encontro foi muito gratificante. “Quando a gente consegue que pessoas simples, que são acostumadas a comer o pão das padarias, provem e aprovem é um sinal muito positivo. Foi outra experiência boa! Primeiro, de partilhar com pessoas que não tem o acesso a esse tipo de alimente, que é mais elaborado; segundo, ver as pessoas comerem e gostarem”, concluiu.
Foto: Equipe CPT Alagoas
Pautas da agricultura familiar serão debatidas durante 11º Congresso Estadual da Fetape, de 6 a 8 de junho, em Garanhuns
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O evento vai reunir 500 pessoas, entre delegados e delegadas sindicais de todo o estado, autoridades políticas e artistas
"Plantar Sonhos, Colher Esperança" é o lema do 11º Congresso Estadual dos Trabalhadores Rurais Agricultores Agricultoras e Familiares de Pernambuco (CETTR-PE), que acontecerá de 6 a 8 de junho, no Centro de Formação Luiz Inácio Lula da Silva, em Garanhuns, no Agreste Meridional pernambucano. A solenidade de abertura, na noite da segunda-feira (06/06), além dos delegados e delegadas de base, deve reunir lideranças políticas e sindicais, nos âmbitos nacional, regional, estadual e municipais.
Por que não discutir os impactos socioambientais dos negócios do vento?
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A energia eólica, aquela que produz energia elétrica pela força dos ventos, tem crescido em vários países do mundo, em particular no Brasil, na região Nordeste. Dos 9 estados, 8 contam com complexos eólicos instalados em seus respectivos territórios, em áreas rurais e costeiras (onshore). Além de vários projetos em fase de licenciamento, para áreas afastadas da costa marítima (offshore).
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