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As duas últimas famílias das 53 remanescentes da comunidade tradicional do estuário do Rio Sirinhaém, Litoral Sul de Pernambuco, através de sentença judicial movida pela empresa foreira do ramo do açúcar, melancolicamente terão que deixar o seu habitat natural após 12 anos de disputa judicial.
Frei Sinésio Araújo *
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Comunidade tradicional das Ilhas de Sirinhaém é dizimada. A ação judicial foi movida pela Usina Trapiche. Justiça se posiciona de forma conivente com o conflito e Governo do Estado não assume a única alternativa para as famílias expulsas: a criação de uma Reserva Estrativista na área.
O conflito da Usina Trapiche com a comunidade tradicional formada por 53 famílias de pescadores tradicionais nas Ilhas de Sirinhaém, litoral sul de Pernambuco, já dura mais de 25 anos e retrata a realidade do monocultivo da cana-de-açúcar em Pernambuco, conhecido como um dos Estados que mais promove violência no campo. Ao longo desse tempo, todas as famílias que viviam na área foram expulsas por ações criminosas da Usina Trapiche. Apenas duas famílias resistiram no local, a família das pescadoras Maria de Nazareth e Maria das Dores. Mas essa semana foram obrigadas, por ordem judicial, a deixarem o local onde moram desde que nasceram.
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Na manhã desta quarta-feira (10/11), milhares de famílias Sem Terra se mobilizam, do Litoral ao Sertão de Alagoas, cobrando ações do poder público para a efetivação da Reforma Agrária.
Com intervenções em dezenove municípios, entre eles União dos Palmares, Delmiro Gouveia e Maragogi, a Jornada de Lutas reforça a política agrária como uma política de Estado, do nível municipal ao federal.
A Jornada tem por objetivo deixar claro que, embora a Reforma Agrária Popular reivindicada pelo MST se dê pelo acesso a terra por meio de desapropriações de latifúndios, ela também significa o desenvolvimento conquistado por aquelas famílias que permanecem em luta por seus direitos.
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Senti o peso do Estado sobre mim;
Senti o peso do Judiciário sobre mim;
Senti o peso do agronegócio da cana-de-açúcar, que não tem nada de doce, sobre mim;
Em alguns momentos a Cruz também pesava sobre meus ombros.
Qual o mal que eu fiz?
Será que é porque eu sou uma pescadora artesanal?
Será que é pelo fato de nascer e me criar em terras públicas e não ter o título de propriedade?
Será que é pelo fato de não aguentar ver os peixinhos, os caranguejos e os siris mortos pelo vinhoto fedorento da usina e ter que denunciar incansavelmente?
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