O encontro reunirá mais de 80 mulheres apoiadas pela CPT e será um grande reencontro da resistência feminista camponesa no Oeste do Rio Grande do Norte após um longo período de distanciamento social em razão da pandemia.
Nos dias 27 e 28 de maio, será realizado, no município de Apodi (RN), o Seminário Regional de mulheres camponesas. O encontro reunirá mais de 80 agricultoras de várias comunidades acompanhadas pela CPT no estado, além de representações vindas de outras localidades do Nordeste. Elas se encontrarão para debater sobre suas diversas experiências de resistência no campo e sobre o feminismo popular. Esta será a primeira vez que diversas mulheres acompanhadas pela Pastoral irão se encontrar presencialmente após o longo período de isolamento social em razão da pandemia da Covid19.
“Depois de muito tempo sem atividades presenciais coletivas, queremos nos reencontrar na luta, na resistência feminista, na resistência popular, especialmente nesta conjuntura de retrocessos que afeta a vida das mulheres”, enfatiza a agente pastoral Hilberlândia Andrade. Essa é a grande motivação da atividade: ser um espaço para que, juntas, as mulheres fortaleçam a luta e a resistência em defesa de suas vidas e de suas comunidades.
Programação: No dia 27 pela manhã, haverá uma roda de conversa sobre o feminismo popular que contará com a facilitação de Hilberlândia e de Rejane Medeiros, da Marcha Mundial de Mulheres. Na parte da tarde, as participantes trocarão suas experiências sobre produção agroecologia, geração de renda, convivência com o semiárido e cuidado com o meio ambiente. Também serão partilhadas experiências de resistências contra os impactos causados por grandes parques eólicos e também por empresas da fruticultura irrigada que avançam sobre territórios camponeses no Rio Grande do Norte.
Já no dia 28, será realizado o lançamento presencial da cartilha “A organização das mulheres camponesas - Na luta pela terra e na construção da agroecologia no Sertão do Rio Grande do Norte”. O material representa o acúmulo do trabalho da CPT e das mulheres agricultoras do Oeste do Rio Grande do Norte na luta pela terra e no fortalecimento da agroecologia. Os depoimentos coletados demonstram o protagonismo dessas mulheres, mesmo diante de tantas dificuldades e barreiras impostas pelo modelo de produção do agrohidronegócio e da cadeia da fruticultura irrigada. "Que esse material sirva de instrumento de formação, memória e esperança para mulheres de outras regiões”, finaliza Hilberlândia.
A cartilha estará disponível na página eletrônica da CPT em breve.
Serviço:
O que: Seminário Regional de Mulheres camponesas e lançamento da cartilha “A organização das mulheres camponesas - Na luta pela terra e na construção da agroecologia no Sertão do Rio Grande do Norte”.
Quando: 27 e 28 de maio de 2022
Onde: Sindicato dos trabalhadores e das trabalhadoras rurais de Apodi (RN)