Na segunda manifestação da Jornada de Lutas em Defesa de Alagoas, os movimentos sociais e populares, centrais sindicais, partidos políticos e militantes tomam as ruas nesta sexta-feira (26). A intenção dos movimentos é aprimorar o diálogo com a população. A passeata tem como tema "O Estado que temos não é o Estado que queremos”.
As críticas, que facilmente encontram reflexo no povo em geral, denunciam o caos que vive os setores de educação e cultura, saúde e segurança pública. A incapacidade de resolver os problemas dos pobres do campo também é ponto de denúncia por parte da Jornada. José Roberto Silva, da direção nacional do MST, explica que “a educação não é mais uma pauta do Sinteal, é de todos. Assim também a reforma agrária não é somente uma luta dos camponeses, mas de toda sociedade alagoana”.
Desde que iniciou o governo em 2007, o governador do estado, Téo Vilela (PSDB), tem demonstrado o caráter truculento de seu projeto para Alagoas. Sempre apegado ao benefício das usinas, Vilela deu novos exemplos de tratamento violento ao povo, ao despejar famílias Sem Terra em todo estado ou quando dissimula frente à mídia ataques ao maior sindicato do estado, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinteal).
A primeira manifestação, ocorrida em 18/04, abriu a jornada com um contingente de mais de seis mil trabalhadores de todas as regiões de Alagoas. O ato percorreu a Rua do Sol e trancou o Palácio República dos Palmares, com a participação de mais de 50 organizações, entre associações, movimentos culturais, estudantis, sindicais e campesinos, partidos, igrejas e parlamentares. “Conseguimos juntar milhares de pessoas, uma demonstração de força e unidade da classe trabalhadora”, comenta Amélia Fernandes, presidenta da Central Única dos Trabalhadores (CUT).
Desde a primeira etapa da Jornada de Lutas em Defesa de Alagoas, as questões colocadas têm atingido uma dimensão nacional, mobilizando entidades de representação federal, como a Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), presente no dia 18/04. Neste segundo ato, o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Daniel Iliescu, estará presente, ampliando o diálogo com os setores estudantis e juventude.
Fonte: MST Alagoas