Os policiais militares chegaram em um micro-ônibus e um carro pequeno, e já desceram atirando contra os Sem Terra. Policiais rodoviários também se juntaram aos militares, ameaçando os trabalhadores rurais.
Fonte: www.mst.org.br 22/04/2008
Segundo o MST local, os policiais não estão atirando para cima, mas sim contra os Sem Terra. A situação é extremamente tensa e o conflito pode aumentar, havendo o risco vitimas fatais.
Pressão contra os acampados
As cerca de 500 famílias Sem Terra que bloqueiam a BR 428 vivem no Acampamento Pontal Sul, uma área da Codevasf (Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco). Elas protestam contra a suspensão do fornecimento de água para o acampamento. Desde a ocupação da área, em abril do ano passado, a direção da Codevasf desligou as bombas que abastecem o canal Pontal Sul, no sentido de pressionar as famílias acampadas a deixarem a área. Até hoje o canal continua sem funcionar, prejudicando centenas de famílias de pequenos agricultores.
Tanto o Ministério Público quanto o Governo Federal consideram que, independente da disputa pela terra, o fornecimento de água para o consumo humano é uma obrigação e negar água para as famílias Sem Terra é uma violação dos direitos humanos. A justiça obrigou a Codevasf a fornecer água a todas as famílias acampadas por meio de um carro-pipa. No último final de semana, a Companhia voltou a violar os direitos básicos da famílias Sem Terra acampadas no Pontal, cortando mais uma vez o fornecimento de água do acampamento.