Integrar os povos latino-americanos e construir instrumentos capazes de fortalecer a luta desses povos para avançar na superação da sociedade capitalista. Esses são desafios que estão postos aos movimentos sociais da América Latina e Caribe. O tema foi debatido durante a I Plenária da Via Campesina Brasil, que vai até sexta-feira, dia 30. Entre as possibilidades destacadas está a constituição a Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba).
A Alba é inspirada em experiências de resistência. Durante a plenária foi avaliado que no atual momento histórico, a América Latina tem um acúmulo de ideologia, militantes preparados, elementos materiais e cultura política, ou seja, as bases mínimas para a construção deste instrumento. Ou seja, existe uma união de forças atuando no sentido de garantir a soberania dos povos e instituir princípios baseados na solidariedade.
A plenária discutiu que é preciso reforçar políticas estruturantes dentro da Alba. A educação, por meio da eliminação do analfabetismo e a saúde (de maneira preventiva) foram consideradas como duas medidas urgentes dentro da atuação dentro do bloco. Experiências como a Escola Latino-Americana Paulo Freire (IALA), mesmo com suas dificuldades decorrente dos processos políticos dentro da Venezuela, são importantes nesse processo.
Conselhos Sociais
Para além dos interesses governamentais dos países membros da Alba, é necessário que os movimentos sociais se apropriem deste espaço para que suas demandas sejam contempladas dentro do bloco. Deste modo, a Plenária da Via Campesina Brasil se compromete na construção dos Conselhos Sociais da Alba, cujos membros seriam compostos por representantes dos movimentos sociais de cada região. As articulações estão previstas para o ano de 2008.
Fonte: Assessoria de Comunicação Via Campesina Brasil, 29/11/07