Setor vai pressionar o governo federal para conseguir a retomada do programa de equalização de custos da cana
Subsídio acumulado seria de R$ 1,5 bi
No caso de avanço na proposta de retomada da equalização, a defesa do Sindaçúcar-AL será para o pagamento prioritário ao fornecedor de cana-de-açúcar. “Vamos lutar pela retomada da equalização nos moldes em que ela foi concebida, para atender todo o setor. Mas queremos reiterar a posição que defendemos de que o governo atenda primeiro o fornecedor de cana, até porque nesse momento ele enfrenta dificuldades maiores que as usinas”, aponta Pedro Robério.
De acordo com o presidente do Sindaçúcar-AL, o diálogo com os fornecedores de cana-de-açúcar é fundamental para o setor. “Fazemos parte da mesma cadeia produtiva, temos interesses comuns. Em plena crise, tem de juntar forças, em busca de uma saída. A divisão nesse momento pode até servir ao interesse de alguns radicais, mas será desastrosa para todos nós”, pondera.
50% da colheita será sem queimadas
Ribeirão Preto, SP – Pela primeira vez na história da indústria sucroalcooleira, mais da metade da área de cana-de-açúcar do Estado de São Paulo será colhida sem a queima da palha, necessária para o corte manual. De acordo com os dados preliminares do programa Etanol Verde, da Secretaria do Meio Ambiente paulista, a área colhida por meio de máquinas saiu de 34% na safra 2006/2007, para 46% em 2007/2008 e vai superar 50% em 2008/2009. "O número de comunicações de queima obrigatórias para que haja a prática na cana ficou bem aquém do que foi no ano passado e vamos superar os 50% de área colhida sem a prática", disse Ricardo Viegas, gerente do programa. São Paulo tem cerca de 4,2 milhões de hectares colhidos com cana anualmente e o protocolo agroambiental do setor sucroalcooleiro prevê que ao final da safra 2010/2011, ou seja, daqui a duas colheitas, o percentual de cana colhida crua chegue a 70%. "Só esperamos que a crise não prejudique essas metas futuras", disse Viegas.
Fonte: Gazeta de Alagoas