Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

Setor vai pressionar o governo federal para conseguir a retomada do programa de equalização de custos da cana

 Os dirigentes da Associação dos Plantadores de Cana (Asplana ), a maior associação do Estado, estão sinalizando outra rota. O presidente da entidade, Lourenço Lopes, anunciou depois de uma longa conversa com o presidente do Sindaçúcar-AL, Pedro Robério Nogueira, que o clima é de entendimento. “Definimos uma agenda comum”, enfatizou.

Nos últimos dias, o clima ficou tenso depois de declarações públicas de Lopes e outras lideranças dos plantadores de cana-de-açúcar, denunciando as usinas por atraso no pagamento dos fornecedores de cana-de-açúcar. Mas durante a semana foi reaberto um canal de diálogo e as empresas começaram a conversar e a estabelecer prazos com a diretoria da Asplana. “Uma importante usina pagou todos os fornecedores. Outra empresa que visitamos na região Norte já sinalizou o entendimento”, aponta Lourenço Lopes.


Subsídio acumulado seria de R$ 1,5 bi
No caso de avanço na proposta de retomada da equalização, a defesa do Sindaçúcar-AL será para o pagamento prioritário ao fornecedor de cana-de-açúcar. “Vamos lutar pela retomada da equalização nos moldes em que ela foi concebida, para atender todo o setor. Mas queremos reiterar a posição que defendemos de que o governo atenda primeiro o fornecedor de cana, até porque nesse momento ele enfrenta dificuldades maiores que as usinas”, aponta Pedro Robério.


De acordo com o presidente do Sindaçúcar-AL, o diálogo com os fornecedores de cana-de-açúcar é fundamental para o setor. “Fazemos parte da mesma cadeia produtiva, temos interesses comuns. Em plena crise, tem de juntar forças, em busca de uma saída. A divisão nesse momento pode até servir ao interesse de alguns radicais, mas será desastrosa para todos nós”, pondera.

50% da colheita será sem queimadas

Ribeirão Preto, SP – Pela primeira vez na história da indústria sucroalcooleira, mais da metade da área de cana-de-açúcar do Estado de São Paulo será colhida sem a queima da palha, necessária para o corte manual. De acordo com os dados preliminares do programa Etanol Verde, da Secretaria do Meio Ambiente paulista, a área colhida por meio de máquinas saiu de 34% na safra 2006/2007, para 46% em 2007/2008 e vai superar 50% em 2008/2009. "O número de comunicações de queima obrigatórias para que haja a prática na cana ficou bem aquém do que foi no ano passado e vamos superar os 50% de área colhida sem a prática", disse Ricardo Viegas, gerente do programa. São Paulo tem cerca de 4,2 milhões de hectares colhidos com cana anualmente e o protocolo agroambiental do setor sucroalcooleiro prevê que ao final da safra 2010/2011, ou seja, daqui a duas colheitas, o percentual de cana colhida crua chegue a 70%. "Só esperamos que a crise não prejudique essas metas futuras", disse Viegas.


 

Fonte:  Gazeta de Alagoas

 

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