A Justiça penhorou bens do grupo, dentre os quais constam veículos e uma fazenda em Diamantino. Quinze mil litros de álcool também foram reservados para a viagem de volta ao outro estado pelas vítimas, que, no caso dos que trabalhavam no local há mais tempo, estavam há quatro meses sem receber salários.
“Há 22 dias paramos de trabalhar e começamos a fazer manifestações na rodovia, nesse período, dormimos em frente à usina. O salário combinado não era o problema, estava tudo legalizado, inclusive com o Ministério do Trabalho, desde quando saímos da Bahia. O que não era justo era a gente ficar sem receber e outra questão era o alojamento, que não tinha acomodações adequadas e comida de qualidade”, disse o líder do grupo, Marlon Oliveira.
Após uma audiência entre as partes, realizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), os empregados retornariam para a Bahia em ônibus fretados. Segundo relatos, outros trabalhadores que também não recebem há cerca de quatro meses continuam prestando serviço no local por falta de opção. “Eles moram lá e não têm como deixar tudo para trás”, disse um deles.
Eles chegaram a Mato Grosso há 30 dias, atraídos por um salário base de R$ 480, caso não atingissem a renda por produtividade, de R$ 4,90 por tonelada. “Em média uma pessoa corta entre 10 a 15 toneladas (de cana) por dia. O que nos faz sair de tão longe para trabalhar aqui é um motivo único, não temos opção e precisamos de emprego”, estimou Oliveira.
fonte: http://www.diariodecuiaba.com.br