Comissão Pastoral da Terra
Coordenação da Campanha contra o Trabalho Escravo
CP 51 – ARAGUAÍNA-TO – 77.807-070
Tel/fax (63) 3412 3200 - e.mail:
Tem ainda quem contesta a existência do trabalho escravo e tenta desqualificar os que combatem esse crime. No ano passado presenciamos o violento ataque à atuação do Grupo Móvel de Fiscalização do trabalho escravo protagonizado por políticos ligados à bancada ruralista, por ocasião da fiscalização nos canaviais da Pagrisa, no Pará. Ali mais de 1.000 trabalhadores foram resgatados. À crueldade do trabalho degradante, a atualidade desses dias veio acrescentar a revelação da barbaridade do tratamento imposto a quem se levanta para denunciar ou cobrar seu direito: em Paragominas, PA, um trabalhador teve o corpo marcado a ferro quente pelos capangas do fazendeiro, por sinal reincidente no crime de trabalho escravo e vergonhoso símbolo da impunidade ainda reinante.
No embate entre o direito à dignidade de milhões de trabalhadores deste país e o direito à propriedade do latifúndio, a questão da aprovação da PEC-438/2001 tornou-se um símbolo muito forte. Essa proposta de emenda constitucional, simplesmente, determina o confisco das propriedades onde trabalho escravo for encontrado. Por obstrução calculada da bancada ruralista, a PEC do confisco da terra aguarda há mais de 2 anos ser incluída na pauta de votação da Câmara onde se faz necessária uma aprovação em 2ª leitura, antes de devolver o texto para a aprovação do Senado (volta necessitada pelas alterações do texto inicialmente aprovado pelos Senadores).
É essa situação de bloqueio que pretendemos reverter por meio do Ato Nacional contra o Trabalho Escravo do próximo dia 12 de março, em Brasília. A mobilização terá as seguintes características:
Participem!
Apoio: CPT – Repórter Brasil – Via Campesina –
Gabinete Senador José Néry - MST – FETRAF Brasil – CONTAG – Fórum Nacional da Reforma Agrária - SINAIT – ANPT – AJUFE – AMB – MhuD – ANPR – ANAMATRA – OAB e demais parceiros da
CONATRAE (Comissão nacional pela erradicação do trabalho escravo).
Indicações práticas: concentração das caravanas no Estádio Mané Garincha a partir da madrugada do dia 12, com serviço de café e banho. Saída para o Congresso a partir das 9h00.