Comissão Pastoral da Terra Nordeste II


Nos dias 12 e 13 de abril, o bairro Riacho do Navio, em Escada, Zona da Mata de Pernambuco, foi o local do 5º Encontro de Indígenas da Mata Sul. O encontro celebrou a cultura e a força dos povos indígenas da região, além de marcar a inauguração do Museu do Povo Marikito, espaço dedicado à preservação da memória do povo Marikito Tapuyá.

Setor de comunicação da CPT NE 2



A programação contou com oficinas, rodas de conversa, apresentações culturais e artísticas. Estiveram presentes, além de comunidades indígenas, estudantes do ensino médio do município, pesquisadores e pesquisadoras da UFPE, membros da CPT e de outras organizações sociais.

Na mística do encontro, ecoaram vozes de resistência, como as do jovem Cadu, integrante do movimento Mata Sul Indígena, responsável pela organização do encontro. “A cana nos escravizou, nos matou e nos apagou da história. Onde tem cana-de-açúcar hoje era e é o nosso território. Por isso, estamos retomando nossas identidades e nossas histórias", afirmou. A CPT destacou o caráter histórico do encontro e reafirmou seu compromisso com as lutas e retomadas indígenas na região. O encerramento do encontro foi marcado pelo lançamento do livro “Terra de Sangue, Sangue na Terra: o rastro do colono-capitalismo em Pindorama”, do pesquisador Givanildo da Silva (Giva).

O encontro foi realizado pelo Movimento Mata Sul Indígena, com apoio da Política Nacional Aldir Blanc. Foi um espaço fundamental de levante em defesa da memória coletiva, da ancestralidade e pela retomada de territórios indígenas na região.

 

Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

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