No último domingo, 2, foi dia de mutirão para celebrar a semana do Meio Ambiente na comunidade Padre Tiago, situada no Engenho Una, Moreno-PE. Agricultores e agricultoras da comunidade se reuniram para fazer a colheita de 200 quilos de batata doce biofortificada.
Setor de comunicação da CPT NE2
O alimento foi plantado e colhido numa área coletiva destinada pela comunidade ao plantio em sistema agroflorestal. O local funciona como uma verdadeira sala de aula para as famílias, um espaço de aprendizado e experimentação coletiva de produção agroecológica. Na ocasião, além da colheita do alimento biofortificado, foram plantadas ramas de batata, maniva de macaxeira, ingá, cajueiro e mangueira.
A colheita foi compartilhada entre todos/as os/as participantes do mutirão, e o excedente será comercializado para formar um fundo comum para futuros plantios e para apoiar a prática do mutirão na comunidade.
A destinação de uma área para cultivo coletivo em sistema agroflorestal tem fortalecido a comunidade não apenas fornecendo alimentos saudáveis, mas também permitindo a troca de conhecimentos, aprendizado e experimentação. Esta iniciativa fortalece a luta pela produção de alimentos saudáveis e pela permanência na terra das mais de 50 famílias agricultoras que vivem no local há gerações, embora seus direitos ainda não tenham sido reconhecidos.
As ramas da batata doce biofortificada foram cedidas pelo Instituto Federal do Sertão Pernambucano, campus Petrolina - Zona Rural. Por meio do projeto "Nas Ramas da Esperança", pesquisadores/as e professores/as realizaram diversos testes no banco de Germoplasma do Instituto, responsável pela produção de mudas. A biofortificação é uma estratégia de seleção e cruzamento entre variedades que visa aumentar o teor de vitaminas e minerais, como ferro, zinco e vitamina A, em alimentos básicos, garantindo mais saúde e nutrientes para quem os consome.
Imagem: Plácido Junior/CPT