A marcha do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) de Pernambuco deixou a BR-232, no bairro do Curado e segue pela Avenida Abdias de Carbalho, no Bongi, em direção ao centro da cidade.Os manifestantes ocupam duas faixas da via, restando uma faixa livre, no sentido Derby. O trânsito segue lento, mas sem interrupções.
Em tom pacífico, a passeata conta com cerca de 2.300 assentados e acampados em Pernambuco, muitos deles carregando cruzes. A primeira parada deve acontecer na Praça do Derby, onde os trabalhadores irão almoçar e onde será realizado um ato público para relembrar o massacre de Eldorado dos Carajás, onde 21 trabalhadores foram mortos pela polícia militar do estado do Pará.
A atividade também faz parte da Jornada Nacional de Luta por Reforma Agrária Popular, que acontece em todo Brasil durante o mês de abril. Do Derby, os manifestantes seguem a pé até o Palácio do Campo das Princesas. ÀSs 15h30, os lideres do movimento serão recebidos pelo governador João Lyra Neto, quando pretender entregar uma pauta de reivindicações.
Os trabalhadores denunciam o descaso com a reforma agrária pelos governos estadual e federal que, segundo eles, prioriza o modelo do agronegócio e o latifúndio. O movimento aponta ainda que o aumento dos conflitos no campo. Segundo o MST, Pernambuco tem mais de 170 acampamentos, com cerca de 180 mil sem terra esperando desapropriação. A educação no campo também é uma reivindicação dos sem terra que denunciam o fechamento de uma média de oito escolas no meio rural por dia e pedem a reabertura das unidades de ensino com melhores condições estruturais e educacionais.
O percurso, iniciado na BR-232, no bairro do Curado, nas im