“A terra Deus deixou, pra gente trabalhar agindo neste chão para não faltar o pão na mesa de ninguém. A terra Deus deixou para gente habitar, plantar e produzir, colher e repartir, e ao pai erguer as mãos”.
Abençoados e abençoadas pela Mãe Terra, pelas águas e pela colheita, jovens apoiados pelas equipes de Comissão Pastoral da Terra (CPT) da Paraíba foram acolhidos e acolhidas no Centro de Formação Camponesa Frei Beda, no Sertão, entre os dias 14 e 16 de julho, para a primeira etapa do processo de formação da Juventude Camponesa na Paraíba, cujo eixo temático central está sendo “Resistências Camponesa, Juventude e Agroecologia”.
Nesta primeira etapa, houve a reflexão sobre o tema “Concentração fundiária e as lutas e resistências camponesas na Paraíba”. A atividade contou com a participação de 15 jovens e 5 agentes da CPT.
Para a jovem Francinalda Maria da Silva, que reside na Comunidade Fazenda Sítio, localizada no município de Dona Inês (PB), o Encontro de Formação da Juventude Camponesa foi um momento enriquecedor para o fortalecimento da identidade camponesa, do protagonismo da juventude e de trocas de experiências, ao propiciar conhecer os lugares de vida dos/das participantes e as suas histórias de luta. “Desse modo, o momento foi importante para compreender que nossa história é parecida e que somos frutos e, também, sementes que resistem”, disse.
Ainda na avaliação de Francinalda, o encontrou mostrou que a luta dos/as jovens teve e tem propósitos comuns: a validação de sua existência de forma digna e do uso consciente da terra e dos espaços de direitos. Segundo ela, isso não pode ser esquecido, mas concretizado. “A CPT faz a ponte da promoção dessas formações e está periodicamente presentes em nossos assentamentos fortalecendo ainda mais”, concluiu.
Fotos: Equipe CPT Guarabira