A Campanha "Fechar Escola do Campo é crime - Por uma educação do campo gratuita, de qualidade e contextualizada" foi lançada nessa sexta-feira, dia 20/07/18, durante reunião da Articulação Paraibana de Agroecologia, realizada no Instituto Nacional do Semiárido (INSA), em Campina Grande/PB. A Campanha tem como objetivo partilhar informações com as comunidades camponesas sobre os direitos de acesso à educação do campo de qualidade e gratuita, além de informar sobre quais medidas podem ser tomadas para impedir o fechamento dessas escolas.
O lançamento da Campanha foi marcado por debates, partilhas de experiências e estratégias de enfrentamento ao tema, além de ter sido um marco para “fortalecer a articulação e o compromisso com uma educação que favoreça e fortaleça os modos de vida camponesa em seus agroecossistemas”, como afirma Emmanuel Barbosa da Silva, da CPT e da Recid. “Com a campanha, afirmamos que seguiremos na luta pela Agroecologia plena e que em breve nos encontraremos para afirmar nossas experiências educativas propositivas e de resistências”, ressalta Emmanuel.
Nos últimos 15 anos, cerca de 37 mil escolas do campo, que atendiam crianças, jovens e adultos trabalhadores rurais e camponeses, foram fechadas no país. Na Paraíba, 1.249 escolas dessa modalidade tiveram suas atividades encerradas nos últimos sete anos. O número tornou o estado o terceiro da região Nordeste a mais cometer esse tipo de crime contra a população do campo.
Participam da campanha a Comissão Pastoral da Terra (CPT), a Rede de Educação Cidadã (Recid), organizações que compõem a Via Campesina, a Frente Brasil Popular, o Comitê Paraibano de Educação do Campo, a Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA), além da Universidade Federal de Campina Grande e Universidade Estadual da Paraíba.
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