Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

Mais de cem homens da Polícia Militar cercaram a fazenda Paraíso, em Mogeiro, desde as primeiras horas e hoje, para tentar concluir despejo que teve início da semana passada e não foi concluído porque os posseiros que estão na área resistiram. “Existia a promessa do juiz que expediu a ordem de despejo, de que hoje seria realizada uma reunião entre Incra, proprietário das terras, Comissão Pastoral a Terra, e trabalhadores para tentar um acordo.Mas, o que estamos vendo é que nada foi cumprido e a situação é preocupante, uma vez que os trabalhadores irão resistir ao despejo e irá haver confronto com a polícia”, alertou o deputado estadual Frei Anastácio, que acompanha o caso

 

Na quinta-feira da semana passada, durante a ação de reintegração de posse, dois tratores destruíram várias casas de taipa, plantações de macaxeira, milho, hortaliças e vários outros produtos orgânicos e diversas outras culturas. Na ocasião, mais de cem policiais do pelotão de choque que dispararam bombas de efeitos moral, usaram spray de pimenta e bala de borracha contra os trabalhadores. "E a mesma coisa está acontecendo neste momento”, informa o deputado.

 

A fazenda Paraíso é ocupada por cerca de 50 posseiros que moram nas terras há muitos anos. Segundo Frei Anastácio, muitos dos posseiros moram na fazenda há mais de 50 anos. “O que essas famílias estão reivindicando é o direito à terra onde eles nasceram e cresceram. O conflito teve início este ano, com a proibição do proprietário, Zé Guilherme, dos trabalhadores continuarem plantando, uma atividade que eles desenvolviam desde que nasceram na terra ”, explicou o deputado. Os posseiros são assistidos pela Comissão Pastoral da Terra, que está acompanhando todo processo de luta dos trabalhadores e trabalhadoras.

 

 

Fonte: Com informações do Gabinete do Frei Anastáco - PB

 

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