A noite de sábado, (20/21) para domingo será de muita movimentação entre os municípios de Salgado de São Félix e Itabaiana, com a realização da 24ª Romaria da Terra. A atividade terá um percurso de 12 quilômetros, com três paradas para reflexões sobre a degradação dos rios. Segundo o deputado estadual Frei Anastácio (PT), só do rio Paraíba já foram retiradas, nos últimos 20 anos, mais de 700 milhões de toneladas de areia, por 30 empresas que exploram o leito do rio.O tema da romaria é a “A Natureza Clama por Justiça; os rios choram suas mortes”.
O deputado denuncia que as empresas exploram o rio Paraíba, de forma indiscriminada, numa área de 300 quilômetros, nos municípios de Salgado de São Félix, Mogeiro, Itabaiana, São José dos Ramos, Pilar, São Miguel de Taipu, Cruz do Espírito Santo e Santa Rita. “A mesma situação acontece com o rio Mamanguape, onde várias empresas estão atuando de forma ilegal, até mesmo dentro de assentamentos da reforma agrária”, disse.
A Romaria contará com participação de trabalhadores e trabalhadoras rurais, representantes de entidades Sindicais, Associações, estudantes, professores universitários, ONGs e religiosos.
A romaria é realizada pela Comissão Pastoral da Terra, com apoio da Arquidiocese da Paraíba e paróquias de Itabaiana, Salgado de São Félix e Fórum de Preservação do Rio Paraíba.
Para o deputado Frei Anastácio (PT), o tema escolhido é muito oportuno. “Este ano, houve muita luta em defesa, sobretudo, dos rios Paraíba e Mamanguape, que estão sofrendo muito com a ação devastadora do homem. Umas das boas ações foi a criação do Fórum de Preservação do Rio Paraíba, a partir de uma iniciativa do nosso mandato.
O tema defendido pela Romaria, representa mais um incentivo para a luta, em defesa da natureza”, disse o deputado.
O parlamentar destaca que os agricultores que moram nas proximidades dos rios sabem o que significa a degradação dos mesmos. “Com a retirada de areia, os rios estão morrendo. As terras das famílias de agricultores familiares estão sendo reduzidas, já que as margens dos quais são enlarguecidas, por força da ação humana, que visa o lucro com a retirada indiscriminada de areia. Além disso, a fauna e flora estão sendo dizimados”, disse o deputado.
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