No próximo sábado, dia 7 de setembro, Maceió se unirá a milhares de vozes em todo o Brasil para celebrar os 30 anos do Grito dos Excluídos e Excluídas. A manifestação, que ocorre anualmente, é um marco de resistência e luta contra as injustiças, opressões e explorações que afetam todos os trabalhadores, mas especialmente as populações mais vulneráveis do país. Neste ano, o evento ganha um tom ainda mais urgente na capital alagoana, onde os participantes se mobilizarão para denunciar o crime ambiental provocado pela mineradora Braskem, que tem causado devastação em várias comunidades de Maceió.
Ato em Maceió destaca destruição causada pela Braskem e luta por justiça
O ato em Maceió começará às 9h, com concentração no CEEL - Parque da Lagoa, no bairro Bebedouro. De lá, os manifestantes seguirão em passeata pela comunidade dos Flexais, uma das áreas afetadas pelo desastre ambiental causado pela Braskem. A manifestação pretende chamar atenção para as demandas urgentes da comunidade, que clama por realocação e indenização da empresa. Na localidade, isolada desde 2019, 3,5 mil moradores do bairro dos Flexais enfrentam o abandono da mineradora, responsabilizada pelo afundamento do solo e pelos graves danos estruturais em diversos bairros da cidade, como também do Poder Público.
Três décadas de resistência
O Grito dos Excluídos e Excluídas surgiu em 1994 como uma resposta às crescentes desigualdades sociais e à exclusão de vastos setores da população das políticas públicas e da distribuição de renda. Em seus 30 anos, o movimento tem sido uma voz ativa na defesa dos direitos humanos, na promoção da justiça social e na luta contra todas as formas de opressão. Este ano, com o tema permanente "Vida em primeiro lugar!” e o lema “Todas as formas de vida importam. Mas quem se importa?", a manifestação em Maceió reflete a necessidade urgente de priorizar a vida e o bem-estar das pessoas acima dos interesses econômicos que têm devastado o meio ambiente e a sociedade. A manifestação é realizada conjuntamente por pastorais sociais e organismos da Igreja Católica, movimentos sociais, sindicatos e organizações populares.
Convidamos toda a população de Maceió a se unir a este ato de resistência e solidariedade.