A superintendência regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária de Alagoas (SR22-AL), no Centro de Maceió, voltou a ser ocupada por agricultores e agricultoras familiares Sem Terra na manhã desta quarta-feira, 5 de julho.
Mais uma vez, a manifestação defende a Reforma Agrária e é contra o desmonte do órgão estratégico para promover o conjunto de medidas de distribuição de terras e aumento da produtividade de alimentos sadios.
As organizações e movimentos sociais participantes do protesto denunciam que o órgão continua sob domínio de grupos políticos contrários à Reforma Agrária e, por isso, as demandas referentes à essa pauta permanecem paralisadas. A avaliação é que a substituição de César Lira, primo do presidente da Câmara Federal, Arthur Lira, por Júnior Rodrigues, indicado pelo mesmo parlamentar, significa manter o bolsonarismo no comando, ou seja, deixar a raposa tomar conta do galinheiro.
O pouco tempo que Júnior está à frente da SR22-AL já tem comprovado essa análise. Nada foi feito no sentindo de atender demandas antigas no que diz respeito aos assentamentos e acampamentos. Pelo contrário, são colocados entraves para qualquer avanço da Reforma Agrária no estado.
O antigo superintendente foi exonerado no dia 16 de abril deste ano após pressão dos movimentos sociais, mas o governo federal cedeu a escolha do novo nome para o deputado Arthur Lira por uma questão de governabilidade.
Cerca de 300 camponeses participam da manifestação realizada conjuntamente pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), pela Frente Nacional de Luta (FNL) e pelo Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST).