Na manhã da última quarta-feira, 07/12, camponeses e camponeses dos acampamentos Bota Velha e Mumbuca, localizados no município de Murici-AL, e Nossa Senhora de Guadalupe, em Igaci-AL, foram ao Instituto de Terras e Reforma Agrária de Alagoas (Iteral) em busca de respostas sobre o andamento do processo de reforma agrária dessas áreas.
As famílias, acompanhadas pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), foram recebidas pelo diretor-presidente Jaime Silva. A reunião foi positiva, na avaliação do agente pastoral e agricultor Jailson Tenório, conhecido como Careca.
Segundo Careca, o título da terra do acampamento Nossa Senhora Guadapule já está no nome do Iteral – autarquia vinculada ao Governo do Estado – e será repassado à organização e aos trabalhadores. A ocupação fica no agreste de Alagoas e completou 13 anos neste ano de 2022. O imóvel rural, pertencente ao patrimônio do próprio estado, finalmente está sendo doado para as famílias acompanhadas pela CPT.
“Em relação à Bota Velha, o governo estadual desapropriou 500 hectares, que correspondem à fazenda inteira, no valor de R$6,5 milhões”, contou. Antes, havia um impasse porque o proprietário não concordava em vender a área ocupada pelas famílias camponesas há 23 anos. Agora, será realizada a demarcação, que irá beneficiar aqueles agricultores e agricultores que resistiram na luta pela terra.
Também está sendo resolvida a situação do acampamento Mumbuca que, assim como Bota Velha, existe há mais de duas décadas no mesmo município da zona da mata, conforme afirma a liderança da CPT: “Sobre o Mumbuca, houve acordo com a Caixa Econômica Federal, que aceitou os R$2 milhões, e não irá colocar a área à leilão. Estamos só aguardando a CEF Nacional, em Brasília, liberar para o governo realizar o pagamento”, disse. “A expectativa é que ano que vem, quando a mudança de governo acontecer, isso seja resolvido”, finalizou.
Foto: Alexsandra Marques (Ascom/Iteral) - Cortesia