Centenas de camponeses e camponesas ocupam na manhã desta segunda-feira (16) os dois prédios do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e a sede do Ministério da Fazenda, em Maceió, denunciando os ataques aos trabalhadores rurais, com o corte no orçamento destinado para a Reforma Agrária e agricultura familiar e camponesa, onde exigem descontigenciamento do recurso para o ano de 2017 e recomposição do orçamento para o próximo ano.
Organizados na Comissão Pastoral da Terra (CPT), no Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), no Movimento Via do Trabalho (MVT) e no MST, os trabalhadores e trabalhadoras rurais vindos de todas as regiões do estado, somam-se à Jornada Nacional do Campo em Defesa da Reforma Agrária.
“Nossa Jornada unitária em Defesa da Reforma Agrária é mais uma resposta dos movimentos do campo aos ataques desse governo golpista nos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais”, explicou Margarida da Silva, da direção nacional do MST. “Vamos mais uma vez demonstrar que não ficaremos calados frente ao desmonte da política de Reforma Agrária”.
Para Josival Oliveira, da coordenação do MLST, a Jornada de Lutas é mais uma expressão da insatisfação do povo do campo com a condução do país. “A situação que estamos vivendo hoje em nosso país e a condução política feita pelos golpistas que estão no poder, exigem uma reação urgente do povo”, disse.
“Nossa jornada é uma reação a esses ataques, não só pela retirada dos direitos da classe trabalhadora, mas também no sentido de mostrar e dialogar com a sociedade de que é preciso reagir”.
Em todo o país trabalhadores Sem Terra estão mobilizados em defesa da Reforma Agrária, denunciando os ataques do governo na vida dos homens e mulheres do campo.
Fonte: MST Alagoas