A Marcha Unitária pela Terra, promovida pelo MTL, CPT, MST e MLST, traz para a capital alagoana, na manhã desta quarta-feira, dia 6, cerca de dois mil trabalhadores rurais.
Os trabalhadores saíram de diversos pontos do estado e marcham em direção ao Palácio República dos Palmares, onde pretendem uma reunião com o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB).
Os sem-terra passaram a noite acampados no campus da Universidade Federal de Alagoas. Antes disse, no entanto, os trabalhadores destruíram todos os experimentos e amostras relativos à cana-de-açúcar do Centro de Ciência Agrária (Ceca), em Rio Largo. A ação causou revolta inclusive em entidades que defendem o movimento.
Na manhã de hoje (6), os trabalhadores marcham pelas avenidas Durval de Góes Monteiro e Fernandes Lima, em direção ao Centro. O trânsito é caótico, uma vez que apenas uma faixa das vias foi destinada à circulação de veículos. Há registro de congestionamento em toda a cidade.
Os movimentos têm como pauta prioritária a demarcação de terras para fins de reforma agrária localizadas em Murici (Cavaleiro e Sede), Messias (Bota Velha), Atalaia (Ouricuri). Essa pauta persiste há 10 anos, sem que o poder público atenda o pleito.
Acampamento
Os sem-terra decidiram acampanhar na sede da Eletrobras e exigir o cumprimento de uma agenda positiva, uma vez que há mais de cinco anos os movimentos solicitam a eletrificação em acampamentos e assentamentos.
A agenda com o governador Téo Vilela foi transferida para esta quinta, dia 7, às 15h.