Desde quarta-feira, dia 19 esta sendo realizada na cidade de Maceió, a 15ª Feira Camponesa. Com o tema “Plantar, colher e repartir”, a Feira comercializará até amanhã, quando será encerra, mais de 200 toneladas de alimentos produzidos em acampamentos e assentamentos alagoanos. Ao todo são 115 barracas padronizadas contendo alimentos sem agrotóxicos e animais à venda, a feira também conta com outras atrações: Casa de Farinha, restaurante camponês, exibição de filme e apresentações de bandas.
O público pode adquirir farinha quentinha feita na hora na Casa de Farinha que já se tornou tradição no evento. No restaurante, buchada, galinha velha, carne de sol, macaxeira e bode são alguns destaques do cardápio de comidas típicas do campo. Para a organização, a feira reflete a viabilidade de uma verdadeira reforma agrária, bem como a importância da agricultura camponesa. De acordo com Heloísa Amaral, agrônoma da Comissão Pastoral da Terra (CPT), agricultores e familiares oriundos de todo o Estado vão apresentar a população o resultado do trabalho desenvolvido diariamente nos acampamentos e assentamentos. “Pessoas de todas as regiões estão vindo trazer sua produção para comercializar na feira. Na última vez que fizemos a contagem foram 96 variedades de produtos”, disse.
O evento é promovido pela CPT, com o apoio do Governo do Estado, Banco do Nordeste e Misereor, uma obra episcopal da Igreja Católica da Alemanha para a cooperação ao desenvolvimento. O evento acontece até sábado, 22, das 6h às 23h, na Praça da Faculdade, no bairro do Prado, em Maceió.
A 15ª Feira Camponesa na Voz do povo
“Essa é a segunda vez que eu venho. Vim ontem e hoje. Depois que eu conheci, eu não deixo mais de vir. Comprei inhame, batata... Os preços estão muito bons e a gente sabe que é orgânico” (Simone - servidora pública)
“Eu trouxe banana, massa de tapioca pra fazer goma, massa puba, coco pra ralar e coco verde. Eu acho ótimo participar. Nem toda feira é igual, às vezes a gente vende tudo, às vezes volta com um pouco, assim como na outra lá de Porto da Rua. Mas é ótima” (Maria Aldineide dos Santos - Assentamento Jubileu 2000)
“A feira vale a pena a pessoa vir, os preços são acessíveis, os produtos são naturais. Toda vez que tem eu venho” (Manoel – Aposentado)
“Sempre que tem a gente vem. Eu comprei inhame, batata, macaxeira, banana... A iniciativa é excelente. Se tivesse com mais freqüência era bom, né? A gente aproveita as oportunidades, seria bom se tivesse pelo menos a cada dois meses” (Benedita – Auxiliar de enfermagem)
Imagens da Feira Camponesa:
Fonte: Setor de comunicação da CPT AL
Fotos: Setor de comunicação da CPT AL