"Com os preços de alimentos e de combustíveis subindo, a fome é uma ameaça e nós temos que agir agora", disse Josette Sheeran, chefe do programa de alimentos da ONU em um comunicado aos participantes da conferência da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação) sobre a segurança alimentar em Roma.
Sheeran disse que se a comunidade internacional não agir rapidamente, o número de pessoas em pobreza extrema pode dobrar.
Neste ano, a ONU vai fornecer, no total, US$ 5 bilhões para quase 90 milhões de pessoas em 78 países.
Segundo Sheeran, a organização irá triplicar o número de pessoas que recebem comida no Haiti, dobrar o número de beneficiados no Afeganistão e irá também fornecer mais comida para pessoas na Somália, Etiópia e Quênia.
Doações
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse ter encontrado boa resposta de líderes ao redor do mundo no sentido de ajudar a solucionar a crise dos alimentos.
O secretário-geral da ONU citou o compromisso assumido pelo presidente francês, Nicolas Sarkozy, que prometeu doar US$ 1,5 bi nos próximos cinco anos para aumentar a produtividade agrícola na África.
Outra doação significativa foi feita pelo Banco Islâmico de Desenvolvimento.
Segundo o correspondente da BBC em Roma Christian Fraser, a curto prazo, o dinheiro prometido será destinado aos 20 países mais vulneráveis.
O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, disse que a prioridade é fornecer sementes, fertilizantes e ração animal para fazendeiros antes que a estação de plantio acabe.