Entre os dias 19 e 23, cerca de 1.000 indígenas, ribeirinhos, integrantes de movimentos sociais e organizações ambientalistas nacionais e internacionais se reúnem em Altamira, no Pará, para discutir os projetos de aproveitamento energético do rio Xingu. O foco central da mobilização é a hidrelétrica de Belo Monte, uma das obras prioritárias do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) que, segundo os ambientalistas, é um dos principais componentes das divergências entre o Ministério do Meio Ambiente e a cúpula desenvolvimentista do governo. Além da discórdia interna no governo federal e da insatisfação dos índios, o projeto de Belo Monte também provoca uma batalha judicial que já se prolonga por mais de sete anos. A hidrelétrica teve mais uma vez seus EIAs (Estudos de Impacto Ambiental) paralisados no último dia 16 de abril, por força de uma liminar do juiz federal de Altamira, Antônio Carlos Campelo. Ele considerou irregular a contratação - sem licitação - das empreiteiras Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Norberto Odebrecht para a confecção do EIA. É a quarta paralisação do projeto por ilegalidade.
Segundo os organizadores do encontro Xingu Vivo para Sempre, que terá atividades de debate, ações na esfera jurídica e mobilizações de protesto, o objetivo do evento é criar um movimento unificado na bacia do Xingu para discutir as grandes ameaças à região - desmatamento, envenenamento dos rios, grandes projetos econômicos, deslocamento das populações tradicionais e indígenas, entre outros -, por um lado, e por outro seu potencial para o
desenvolvimento sustentado - florestas preservadas, diversidade cultural dos povos da bacia, etc.
Fonte: Sitio do MST
Hidrelétricas do PAC serão tema de debates e protestos
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