O Brasil é um dos líderes em acidentes de trabalho na América Latina. Anualmente, cerca de 503 mil trabalhadores sofrem algum tipo de ferimentos físicos ou até mesmo morrem em decorrência de acidentes. Os últimos dados oficiais do Ministério da Previdência são de 2006 e apontam que 2.717 pessoas morreram durante o expediente de trabalho.
No entanto, o número de acidentes é ainda maior, estima o integrante do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia, Jaques Sherique. Ele avalia que aparentemente os acidentes e as mortes parecem ter diminuído em 2006 e 2007. No entanto, os registros de acidentes laborais, que em muitas vezes não são notificados pelo INSS, cresceram ainda mais no país.
“Aparentemente, a situação tem melhorado. Digo aparentemente, porque as doenças relacionadas ao trabalho cresceram de forma muito elevada. Desconfiávamos, e agora temos certeza, de que essas doenças são subnotificadas. Devido às doenças laborais, temos mais acidentes do que a média dos países da América Latina“, diz.
Dos 503.890 mil acidentes registrados em 2006 no Brasil, cerca de 120 mil foram devido a Lesões por Esforços Repetitivos, a LER, e Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho, a DORT. De acordo com Sherique, as doenças relacionadas ao trabalho são até mesmo superiores aos acidentes registrados no setor da construção civil, que tem um dos maiores índices no país.
Em toda a América Latina, ocorre anualmente de 20 a 27 milhões de acidentes de trabalho. Destes casos, 90 mil são fatais. Ou seja, 250 pessoas morrem por dia em decorrência dos acidentes.
Fonte: Jornal Brasil de Fato