Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

Órgão registra 552 pontos de risco na região, em dois meses

BRASÍLIA – O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Gilberto Câmara, disse na última quarta-feira que o órgão registrou 552 pontos de alerta de desmatamento na Amazônia em janeiro e fevereiro deste ano. Os números dos dois primeiros meses já correspondem a 71% de todos os pontos de alerta identificados em 2007.

De novembro de 2006 a maio de 2007, o Inpe identificou 346 pontos de alerta na Amazônia. Em novembro e dezembro de 2007, meses em que o Sistema de Detecção em Tempo Real registrou avanços no desmatamento, o número de alerta foi de 421.

De acordo com Gilberto Câmara, dos 40 pontos checados pelo Inpe em fevereiro, quatro apresentam início de degradação e 36 tinham corte raso, ou seja, desmatamento total.

No dia 10, ele participou de audiência na Câmara dos Deputados, promovida pelas comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, e da Amazônia, Integração Nacional e Desenvolvimento Regional. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, também participaram do encontro.

Campeões

Um relatório divulgado terça-feira pelo Banco Mundial (Bird) mostra que, entre 2000 e 2005, o Brasil foi o país que mais desmatou no mundo. Seriam 31 mil quilômetros quadrados de floresta derrubada anualmente, segundo o órgão. Em segundo lugar aparece a Indonésia: 18,7 mil km quadrados por ano. Em terceiro, está o Sudão, com 5,9 km quadrados.

A Amazônia é o local mais desmatado no Brasil. Os dados oficiais do governo brasileiro, computados pelo Inpe, indicam taxa de derrubada média anual na região de cerca de 22 mil km quadrados – ainda que dois dos três maiores índices já registrados sejam de 2004 (27.379 km quadrados) e 2003 (25.282 km quadrados). O Inpe não monitora outros biomas, como o cerrado e a mata atlântica.

As informações do Bird fazem parte do Relatório de Monitoramento Global 2008, que avalia o status de cumprimento das Metas do Milênio. De acordo com ele, a perda de área florestal no planeta foi de 73 mil km quadrados por ano entre 2000 e 2005.

Fonte: Jornal do Commercio, 10/04/08

 

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