Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

SÃO PAULO (Reuters) - Com a maior alta em cinco anos, os preços dos alimentos foram os responsáveis pela significativa aceleração da inflação em São Paulo em 2007.

Por outro lado, os custos da energia elétrica tiveram a queda mais forte do Real e impediram uma taxa maior.

A previsão é de que em 2008 os alimentos subam em ritmo um pouco menor e a tarifa de energia se recupere, resultando em uma inflação inferior à do ano passado mas não muito distante, segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

A entidade informou nesta quinta-feira que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo subiu 0,82 por cento em dezembro e encerrou 2007 com alta de 4,38 por cento, superando as variações dos períodos anteriores: em novembro a inflação foi de 0,47 por cento e em 2006, de 2,55 por cento.

"Nos últimos quatro anos, os preços de alimentos vinham sendo um fator favorável para a contenção da inflação... Agora definitivamente 2007 vai entrar nos registros históricos como o ano da inflação da alimentação", disse Márcio Nakane, economista da Fipe.

O grupo Alimentação teve alta de 12,73 por cento em 2007, a maior desde 2002 e bem acima da variação positiva de 0,06 por cento vista no ano anterior. Essa elevação correspondeu a 64 por cento do IPC do ano.

Segundo Nakane, isso se deve a entressafras ruins de alguns produtos, recorde de preços de commodities e uma demanda mundial maior por alimentos e grãos para combustíveis.

"Em 2008, alimentação não vai ser tão grave quanto em 2007, mas não será tão favorável quanto em 2006", disse.

"Os grãos devem continuar em alta nos mercados internacionais, o que resta saber é como se comporta o clima para as safras (internas)..."

Nakane preferiu não fechar uma previsão para a inflação em 2008, dizendo apostar, em princípio, em uma taxa próxima a 4 por cento.

Para janeiro, ele estima inflação de 0,67 por cento, com alta de 1,50 por cento dos preços de Alimentação, abaixo da variação de 2,02 por cento em dezembro.

FEIJÃO SALTA 150%

Dos 50 itens individuais que mais subiram em 2007, 47 foram do grupo Alimentação. Os preços do feijão lideraram a lista, saltando 149,5 por cento.

Seguiram-se abacate (127 por cento), leite em pó (44 por cento), limão (41 por cento) e batata (41 por cento).

Na lista das principais quedas percentuais, o destaque ficou com os produtos eletrônicos, em razão da queda do dólar. O primeiro lugar ficou com o aparelho de telefone celular.

Fonte:Reuters,04/01/08

 

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