Mais de 300 pessoas organizadas no Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) ocupam, desde ontem (15), o canteiro de obras das eclusas da UHE de Tucuruí, no Pará.
Segundo Euvanice Furtado, militante do MAB, muitas famílias que foram expulsas de suas casas para dar lugar às eclusas ainda não receberam nenhuma indenização ou receberam em valor insuficiente. Há caso de indenização no valor de R$ 84.
Além disso, o objetivo dessas obras é possibilitar a navegabilidade do Rio Tocantins para o escoamento de grãos e minérios de ferro para a exportação. "Ou seja, vão servir para o saqueamento dos recursos naturais do Pará", conclui Euvanice Furtado.
O contrato assinado para a construção das Eclusas entre o Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes - Dnit, Eletronorte e o Consórcio Camargo Corrêa tem valor de R$ 440 milhões. As duas eclusas, ligadas por um canal intermediário, com 5,5 quilômetros de extensão, irão possibilitar a navegabilidade no Rio Tocantins.
Entre as reivindicações dos atingidos estão: indenização no valor de 60 mil reais para as famílias que perderam suas casas; aposentadoria vitalícia para os pescadores que perderam seu meio de subsistência com a construção da obra e anulação das ações de interdito proibitório contra lideranças do MAB.
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