O Dicionário de Agroecologia e Educação, publicação realizada a partir de uma parceria entre o MST, a editora Expressão Popular e a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio EPSJV/Fiocruz do Rio de Janeiro, reúne 106 verbetes, de 169 autores e tem o intuito de ampliar o conhecimento sobre a agroecologia nas escolas e institutos de ensino de todo o Brasil.
Da Página do MST
Os verbetes foram escritos por autores de 68 instituições diferentes, entre universidades públicas, institutos federais de educação, movimentos sociais e institutos de pesquisa.
Veja abaixo 6 curiosidades importantes sobre o verbete de Agrotóxicos, escrito pela autora Karen Friedrich, doutora em Saúde Pública, tecnologista em saúde pública da Fiocruz e professora da UFRJ, e pelo autor Vicente Eduardo Soares Almeida, mestre em Planejamento e Gestão Ambiental e pesquisador em Impactos Ambientais.
1 Os agrotóxicos causam danos à saúde e ao ambiente
Neste verbete, os autores trazem conceitos e informações básicas que subsidiam a discussão sobre os agrotóxicos, voltando-se para fatores que influenciam o uso desses produtos e aumentam seus danos à saúde e ao ambiente.
2 Agrotóxicos impedem o desenvolvimento da Agroecologia
Uma vez que o uso desses produtos e aumenta seus danos à saúde e ao ambiente, o verbete explica como estes agrotóxicos se tornam barreiras ao desenvolvimento da agricultura de base agroecológica, em contraposição à agroecologia que garante a saúde do solo, da água, das florestas, ou seja, mantém a preservação e recupera a natureza no entorno onde é praticada.
3 Limitações sobre a regulação dos agrotóxicos no Brasil
No verbete, é possível entender as diferentes instâncias do Estado brasileiro que possuem funções específicas e intransferíveis no que diz respeito dos agrotóxicos e questões pertinentes à saúde, ao meio ambiente e à agricultura. Essas funções são envolvem o registro, a fiscalização, o monitoramento e a vigilância de agrotóxicos.
4 Graves efeitos sobre a saúde humana
Os efeitos que os agrotóxicos causam sobre a saúde humana podem ser agrupados em agudos e tardios, com efeitos agudos para a população a partir do consumo de água ou de alimentos
contaminados com grandes quantidades de agrotóxicose, e são ainda mais comuns em trabalhadores da agricultura. Estas substâncias danificam o sistema nervoso, prejudicam o fígado, prejudicam os rins, comprometem as funções do sistema de defesa (imunológico), alteram as estruturas ou funções dos hormônios e glândulas, causam câncer, causam problemas na formação do embrião ou do feto e alterações no material genético.
5 O papel da ciência em defesa da vida
O texto traz também uma importante contribuição na discussão sobre o papel da ciência em defesa da vida e as pressões a que esta mesma ciência é submetida pelo agronegócio. Neste sentido, os autores apontam a importância da atuação da sociedade civil, que têm papel crucial para reunir denúncias, dados técnicos e científicos e atuar para o cumprimento da lei, fortalecendo modos de produção agrícola orgânicos e agroecológicos.
6 Políticas públicas prioritárias em agroecologia
Por fim, o verbete propõe alguns conceitos sobre modelo de produção e desenvolvimento no campo, que deve se voltar à sustentabilidade ambiental e à saúde, dimensões cada vez mais presentes na demanda civilizatória global dos Estados. Assim, o único caminho possível é a informação e a participação ativa da sociedade no controle e monitoramento do uso dessas substâncias, assim como buscar estabelecer a agroecologia como a política pública prioritária para a agricultura brasileira.