A missionária Dorothy Mae Stang que sempre atuou em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras do Pará e da região Amazônica, foi assassinada em 12 de fevereiro de 2005, aos 73 anos no município de Anapu, que fica às margens da Transamazônica, no oeste paraense.
Com o tema: “Amazônia: lugar de luta e utopia. 16 anos do Martírio de Dorothy Stang” o Comitê Dorothy organizado desde sua morte, no qual o MST faz parte, realiza diversas atividades em memória do legado de Dorothy e pela luta dos camponeses e camponesas na Amazônia.
A freira que também integrava a Comissão Pastoral da Terra (CPT), instituição ligada à Igreja Católica, ficou conhecida internacionalmente pela forte atuação contra os fazendeiros, madeireiros e grileiros na região do Xingu, no Pará, e foi executada com seis tiros à queima-roupa a mando dos fazendeiros.
Entre as cinco pessoas envolvidas na morte de Dorothy, todos foram a julgamento e condenados. No entanto, a maioria cumpre a pena em regime semiaberto. Seu caso teve repercussão internacional e até hoje as famílias dos pequenos agricultores sofrem ameaças.
Irmã Dorothy Stang tornou-se uma referência em defesa dos trabalhadores rurais e da floresta. Em Anapu contribuiu para a criação do Projeto de Desenvolvimento Sustentável (PDS) Esperança, o primeiro da região. Os PDS são exemplos de alternativas sustentáveis para as famílias com desenvolvimento econômico, de atividade produtiva e respeito ao meio ambiente.
Ações programadas
Por conta da pandemia da covid-19, estão programadas ações simbólicas em memória ao legado da freira. As atividades ocorrem entre os dias 10 e 12 de fevereiro, em torno das cartas escritas pela irmã Dorothy. Serão três dias de ações nas redes sociais, com carta-manifesto para os agricultores e agricultoras de Anapu, além de um ato político inter-religioso que ocorrerá de forma virtual.
Por Viviane Brigida
Da Página do MST
*Editado por Solange Engelmann