Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

Ministério Públicou convocou reunião, hoje, com órgãos ambientais para discutir as constantes agressões às reservas de mata atlântica. Denúncias freqüentes de desmatamento de áreas de remanescentes de mata atlântica em Paulista, no Grande Recife, levaram o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) a convocar uma reunião, hoje à tarde, com representantes de órgãos ambientais, para buscar uma solução conjunta para o problema. O encontro contará com a participação de representantes do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH), da Companhia Independente de Policiamento do Meio Ambiente (Cipoma) e da Prefeitura de Paulista. Os danos ambientais são considerados graves pela Promotoria de Justiça de Paulista, que, ontem, recebeu uma nova denúncia de devastação na Mata do Frio, entre os bairros da Mirueira e de Jardim Paulista, realizada pela Comissão Pastoral da Terra (CPT). Segundo a promotora Maria de Fátima Ferreira, são muitas as denúncias de desmatamento nas áreas de proteção do município, sobretudo nas Matas do Ronca e do Frio. “Quase todo dia recebemos uma comunicação no gênero, por isso, decidi convocar os órgãos envolvidos para uma reunião”, informou Maria de Fátima. Para ela, os loteamentos clandestinos e o desmatamento realizado pela população são as maiores ameaças à preservação das reservas florestais de Paulista. “É necessário combater essas práticas ilegais o quanto antes e isso também passa pelo Ministério Público e pela prefeitura”, afirmou Maria de Fátima. A promotora, entretanto, considera um problema de difícil solução o corte ilegal de madeira por famílias carentes que vivem nas proximidades das reservas. “É um complicador social, pois são pessoas que tiram o sustento da lenha ou transformam a madeira em carvão para cozinhar”, explica. “É preciso avaliar cada caso”, complementa. Ligado à CPT, padre Thiago Thorlby foi o responsável pela denúncia de corte ilegal de madeira na Mata do Frio. Segundo ele, a região sofre com a especulação imobiliária e com o crescimento desordenado. “A área fica perto de um aterro controlado, onde várias famílias estão vivendo. Essa presença tem levado à exploração do meio ambiente na região”, comenta. De acordo com a promotora, a prefeitura assinou um termo de compromisso, em 2005, para a remoção das famílias que viviam perto do aterro. “Também vamos cobrar uma resposta para essa denúncia”. Fonte: Jornal do Commercio

 

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