II Fórum Social Brasileiro movimenta o Recife
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De 20 a 23 de Abril aconteceu no Recife a segunda edição do Fórum Social Brasileiro, que ficou conhecido como Fórum de Abril. Este ano o FSB veio com o tema Caminhos para um mundo possível, experiências brasileiras, e teve como objetivo fortalecer a proposta do Fórum de priorizar os espaço de troca de experiências entre entidades e movimentos sociais que atuam na resistência e na superação do neoliberalismo e de todos os tipos de exploração. “O que se pretende é ampliar o diálogo sobre essa experiência, substituindo a disputa entre pontos de vista pela escuta das análises, interpretações e propostas das diferentes pessoas, redes, entidades e movimentos da sociedade civil”, pontua a carta de apresentação do II FSB. A marcha de abertura do Fórum, que é marca registrada de todas as edições do evento foi, como sempre, muito criativa e irreverente apresentando para a cidade sede o que seriam os quatro dias do evento. Infelizmente um incidente marcado pela truculência e despreparo dos policias militares, durante o ato que marcava o final da marcha, deixou seis pessoas feridas, dentre elas, representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra e da Comissão Pastoral da Terra.(ver matérias relacionadas ao caso e notas de solidariedade)
Mesmo diante deste lamentável acidente, o Fórum transcorreu da melhor forma nos outros dias. As mais de 300 atividades foram marcadas pelo sentido de cooperação e troca a que se propôs o encontro que contou com a participação de cerca de 15 mil pessoas.
A CPT propôs, em conjunto com algumas entidades, atividades relacionadas as suas temáticas de atuação. Na sexta-feira, pela manhã, em parceria com a Rede Social de Justiça e Direitos Humanos e a Campanha Jubileu Sul, a CPT organizou um ato contra a Organização Mundial do Comércio. Vamos tirar a OMC dos trilhos! 10 anos Bastam! aconteceu no Teatro do Parque e contou com um público bastante representativo.
Ainda na sexta-feira, em parceria com a Terra de Direitos e o MST, foi realizada a atividade, A luta contra os transgênicos no Brasil: desafios e perspectivas para os movimentos sociais e organizações da sociedade civil, a mesa contou com a presença de Antônio Cleides, da CPT PB; Maria Rita Reis, da Terra de Direitos PR; Maria do Socorro, da Terrazul e Walace Medeiros, do MST.
No sábado, a mesma parceria foi mantida contra o agronegócio. Na mesa, Agronegócio e as faces da monocultura: conflitos e violações, Padre Tiago Thorlby, da CPT PE; Professor Ariovaldo Umbelino, da USP; Darci Frigo, da Terra de Direitos; Jean Pierre, da Fase e Lúcia Barbosa, do MST, uniram forças e experiências para fazer uma crítica às práticas destrutivas do agronegócio e a inversão de prioridades nas políticas agrárias, que vêm fortalecendo os latifundiários e grandes produtores.
Outra atividade contra a OMC também foi realizada no sábado, desta vez um seminário de formação, O que a OMC tem a ver com o Nordeste? Neste espaço a discussão tentou trazer para realidade do nordeste brasileiro as relações estabelecidas pela OMC. Participaram do Seminário, Graciela Rodriguez, do IGTN/REBRIP; Alberto Villareal, da ONG Amigos da Terra; Francisco Quisbert, da Coordenadora Nacional de Defesa da Água, dos Serviços Básicos, do Meio Ambiente e da Vida – Bolívia; Maureen Santos e Edvan Pinto, da CPT.