Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

No último dia 29, cerca de 4.000 trabalhadores Sem Terra fizeram uma mobilização no estado de Alagoas para marcar os 2 anos do assassinato do dirigente do MST no estado, Jaelson Melquíades. A data foi definida pelos trabalhadores como um dia estadual de lutas. Além de reivindicar a Reforma Agrária, os trabalhadores pediram o fim da violência no campo e punição aos assassinos de Sem Terra.

Em todo o estado, os trabalhadores fizeram passeatas, atos, ocupações e vigílias, para denunciar os crimes de mando cometidos no estado de Alagoas e no Brasil. Além de Melquíades, os atos homenagearam outros trabalhadores assassinados na luta pela terra, como Luciana Alves, morto em Craíbas há 4 anos e Chico do Sindicato, assassinado em Atalaia há 12 anos. Até hoje, os mandantes e executores não foram presos, julgados ou punidos.

Também serão lembrados os companheiros, Valmir da Mota Oliveira, Keno, executado em 21 de outubro último, por seguranças contratados pela Syngenta Seeds, no Paraná, e Cirilo de Oliveira Neto, assassinado em casa no Rio Grande do Norte, no dia 1° de novembro de 2007.

Pela manhã do dia 29 foram realizadas atividades nos municípios de Atalaia, Delmiro Gouveia, Matriz de Camaragibe, Maragogi e São Brás, como vigílias na frente dos fóruns municipais, para denunciar a concentração de terras que ocorre no estado.

No estado de Alagoas há uma grande concentração das riquezas nas mãos de poucos grupos. Esses que por sua vez acabam tendo muita influência política, exercendo domínio histórico no estado. Nesse sentido, uma das pautas do MST é pela federalização dos crimes de pistolagem cometidos contra Sem Terra, para que a Justiça possa ter autonomia ao julgar os casos.

Fonte: sitio MST, 29/11/07

 

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