As comunidades que vivem no entorno de grandes obras financiadas pelo BNDES se reunirão, pela primeira vez, no final deste mês, para elaborar um documento que será entregue ao presidente do banco, Luciano Coutinho. 11/11/2009
A notícia é de Maria Cristina Frias e publicada pelo jornal Folha de S. Paulo, 11-11-2009.
Organizados pela Plataforma BNDES - entidade que reúne organizações como Via Campesina, CUT e outros movimentos -, os "impactados", como se denominam, reclamam de transtornos causados por obras como hidrelétricas, projetos de agropecuária, mineração e indústrias sucroalcooleiras e de papel e celulose.
"Nossa demanda é que o BNDES inclua critérios sociais e ambientais nos processos de análise e aprovação dos projetos que financia. O banco é corresponsável pelos desastres provocados por essas obras no ambiente e nas vidas dos impactados", diz Luiz Dalla Costa, representante da Plataforma BNDES e do Movimento dos Atingidos por Barragens.
A Folha revelou em julho que mais de R$ 6 bilhões saídos do BNDES nos últimos dois anos foram destinados a negócios que tiveram suspeitas de envolvimento com desmatamento, corrupção, fraudes e trabalho degradante.
O banco não comentou sobre a organização do evento, mas já chegou a receber o grupo para reuniões que resultaram em medidas como a divulgação de dados sobre operações de financiamento no início do ano.
O evento começa no dia 23, no Rio, com palestra sobre os impactos às comunidades indígenas, e termina dia 25, com uma manifestação em frente ao prédio do BNDES.
Impactados por obras farão protesto em frente ao BNDES
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