Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

Marcados oficialmente para serem reiniciados nesta quarta-feira (5/8), foram adiados os estudos sobre a demarcação das terras dos índios Guarani Kaiowá, no Mato Grosso do Sul (MS). A decisão de barrar os estudos foi tomada pelo Tribunal Regional Federal (TRF), em benefício da Federação de Agricultura e Pecuária (Famasul). Com o cancelamento, milhares de indígenas localizados em mais de 20 municípios do sul do estado foram prejudicados. Segundo o advogado dos agropecuários, Gustavo Passarelli, o TRF entendeu que a Fundação Nacional do Índio (Funai) impôs uma série de restrições no processo da Raposa Serra do Sol, em Roraima. Isso impediria as demarcações sul mato-grossenses. Para o coordenador do Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Egon Heck, não há pendências no caso da demarcação da Raposa Serra do Sol e o adiamento em Mato Grosso do Sul não faz sentido.

“Com uma alusão totalmente falsa, caluniosa, ficamos abismados em ver até que ponto vão as mentiras deslavadas com que se alimenta a opinião pública regional. Esperamos que o governo federal não continue se submetendo a essas manobras dos interesses políticos e econômicos regionais, que claramente querem inviabilizar a definição das terras indígenas no atual governo.”

O governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), aprovou recentemente o repasse de R$ 500 mil para que as prefeituras acompanhem o processo de demarcação. Segundo o Cimi, os técnicos contratados pelas prefeituras tem orientações para contestar os estudos realizados pela Funai.

Fonte: Radioagencia NP

 

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