A conclusão do corpo de cientistas consultados pela Comissão é de que o glufosinato apresenta alto nível de toxicidade, considerado impróprio para uso em lavouras e para consumo humano, mesmo que em quantidades mínimas.
O glufosinato é produzido pela Bayer, para ser utilizado em plantações de transgênicos resistentes a este pesticida. Um exemplo é o arroz Liberty Link 62, que está na lista de liberações para comercialização a serem votadas pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança). Antes da votação, porém, a liberação será debatida pela sociedade civil em uma audiência pública marcada para acontecer ainda neste ano.
A autoridade de segurança alimentar européia, a EFSA, lançou, em 2005, relatório sobre os riscos do glufosinato de amônio ao meio ambiente e à saúde humana. As conclusões apontaram que há “risco agudo para crianças”, “alto risco para mamíferos” e “alto risco” para a biodiversidade.
Outro fator pesa contra essa variedade de semente. Após um escândalo que revelou a contaminação genética de campos de arroz nos Estados Unidos, ocorrido em 2006, muitos países fecharam as portas para o transgênico da Bayer. Os prejuízos calculados chegam a mais de um bilhão de dólares.
Apesar de tantas denúncias, dois tipos de milho transgênicos desenvolvidos para resistir ao glufosinato de amônio já foram aprovados no Brasil. As liberações aprovadas em 2007, atropelaram até mesmo o alerta da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que na época recomendou a CNTBio mais estudos sobre os efeitos negativos do glufosinato, antes da liberação definitiva do milho T25 da Bayer. Recomendação que não considerada grave o suficiente para reprovar a variedade.
No Brasil, já estão liberadas para comercialização seis variedades de alimentos transgênicos: uma de soja e cinco de milho. Criada há 10 anos, comissão avaliou apenas cinco processos até 2007. Porém, somente em 2008, a CTNBio aprovou sete licenças para a comercialização de sementes transgênicas. Entre as transnacionais agraciadas pelas liberações estão Monsanto, Bayer, Syngenta, Fort Doghe, Boehringher Ingelheim e Intervet.
Também durante o ano passado, a comissão liberou 12 experimentos de campo com variedades transgênicas de eucalipto, última etapa da pesquisa antes do pedido de uso comercial.
O que é a CTNBio?
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança é um grupo composto pelos representantes dos ministérios federais envolvidos com o tema biossegurança, que são os da Ciência e Tecnologia, da Agricultura e Abastecimento, do Meio Ambiente, da Saúde, da Educação, do Trabalho e das Relações Exteriores. A comissão é composta também por representantes da comunidade científica, do setor empresarial que atua com biotecnologia, de representantes dos interesses dos consumidores e de um órgão legalmente constituído de proteção à saúde do consumidor, no caso a Anvisa. Compete à CTNBio avaliar tecnicamente todas as atividades desenvolvidas com uso da engenharia genética no Brasil.
Sitio MST, 04/02/09
O glufosinato é produzido pela Bayer, para ser utilizado em plantações de transgênicos resistentes a este pesticida. Um exemplo é o arroz Liberty Link 62, que está na lista de liberações para comercialização a serem votadas pela CTNBio (Comissão Técnica Nacional de Biossegurança). Antes da votação, porém, a liberação será debatida pela sociedade civil em uma audiência pública marcada para acontecer ainda neste ano.
A autoridade de segurança alimentar européia, a EFSA, lançou, em 2005, relatório sobre os riscos do glufosinato de amônio ao meio ambiente e à saúde humana. As conclusões apontaram que há “risco agudo para crianças”, “alto risco para mamíferos” e “alto risco” para a biodiversidade.
Outro fator pesa contra essa variedade de semente. Após um escândalo que revelou a contaminação genética de campos de arroz nos Estados Unidos, ocorrido em 2006, muitos países fecharam as portas para o transgênico da Bayer. Os prejuízos calculados chegam a mais de um bilhão de dólares.
Apesar de tantas denúncias, dois tipos de milho transgênicos desenvolvidos para resistir ao glufosinato de amônio já foram aprovados no Brasil. As liberações aprovadas em 2007, atropelaram até mesmo o alerta da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que na época recomendou a CNTBio mais estudos sobre os efeitos negativos do glufosinato, antes da liberação definitiva do milho T25 da Bayer. Recomendação que não considerada grave o suficiente para reprovar a variedade.
No Brasil, já estão liberadas para comercialização seis variedades de alimentos transgênicos: uma de soja e cinco de milho. Criada há 10 anos, comissão avaliou apenas cinco processos até 2007. Porém, somente em 2008, a CTNBio aprovou sete licenças para a comercialização de sementes transgênicas. Entre as transnacionais agraciadas pelas liberações estão Monsanto, Bayer, Syngenta, Fort Doghe, Boehringher Ingelheim e Intervet.
Também durante o ano passado, a comissão liberou 12 experimentos de campo com variedades transgênicas de eucalipto, última etapa da pesquisa antes do pedido de uso comercial.
O que é a CTNBio?
A Comissão Técnica Nacional de Biossegurança é um grupo composto pelos representantes dos ministérios federais envolvidos com o tema biossegurança, que são os da Ciência e Tecnologia, da Agricultura e Abastecimento, do Meio Ambiente, da Saúde, da Educação, do Trabalho e das Relações Exteriores. A comissão é composta também por representantes da comunidade científica, do setor empresarial que atua com biotecnologia, de representantes dos interesses dos consumidores e de um órgão legalmente constituído de proteção à saúde do consumidor, no caso a Anvisa. Compete à CTNBio avaliar tecnicamente todas as atividades desenvolvidas com uso da engenharia genética no Brasil.
Sitio MST, 04/02/09