As comunidades quilombolas de Castainho, Estivas, Estrela, Tigre, Timbó, realizaram nos últimos dias 14, 15 e 16 uma série de debates para discutir a importância do dia 20 de novembro. Territorialidade e Educação foram os temas debatidos, além de discutirem sobre o resgate da história de luta pelo território quilombola e rememorar o sonho de zumbi dos Palmares: “terra liberta, povo livre!”
Durante o dia 17, as comunidades se reuniram em um Fórum de discussão sobre políticas específicas para comunidades quilombolas. A atividade foi realizada no auditório do INSS de Garanhuns e reuniu todas as comunidades quilombolas do município, além da Comissão Pastoral da Terra (CPT), da Fetape e da Articulação Estadual e Nacional das comunidades quilombolas. Na ocasião, as comunidades ressaltaram que para elas, o essencial é a garantia de terra e território e a educação tem que ser para fortalecer a luta e a resistência para conquista dos territórios. Além disso, ressaltaram também que questões relacionadas à saúde também não podem ser separadas da política de acesso e de regularização dos territórios.
As comunidades também discutiram o decreto de número 4887, de 2003, que regulamentou o artigo da Constituição de 1988 e que garante o acesso à terra por remanescentes de quilombolas, dando início ao processo de demarcação e titulação dos territórios. Os e as quilombolas também discutiram a lei que garante a aquisição de produtos para a alimentação escolar feito a partir da agricultura familiar, camponesa e quilombola, mas que ainda não lhes foi garantido por conta da burocracia e pouco interesse da prefeitura do município de Garanhuns.
Já na sexta-feira, dia 18, as comunidades quilombolas de Bom Conselho - Angico, Macacos, Flores e Rainha Isabel - organizaram uma grande manifestação contra o racismo que reuniu aproximadamente 500 pessoas. Os manifestantes realizaram uma caminhada de 3 km e, portanto faixa e cartazes, protestaram contra o racismo e contra a criminalização dos que lutam por terra e território. Durante a caminhada, os manifestantes exigiram a efetivação dos direitos, em especial a demarcação e regularização dos território quilombolas.
Outras informações:
Comissão Pastoral da Terra
Eurenice da Silva
Fone: (81) 9949.5917