As determinações do novo acordo começam a vigorar na safra 2008/2009, que se inicia em setembro
A Usina Santo Antônio e a filial Camaragibe firmaram termo de conciliação na Procuradoria Regional do Trabalho de Alagoas (PRT), comprometendo-se a respeitar os direitos dos trabalhadores rurais, de acordo com o que prevê a Norma Regulamentadora nº. 31. O documento, encaminhado à 10ª Vara do Trabalho de Maceió para homologação judicial, extingue a ação civil pública ajuizada contra o grupo Santo Antonio, mas assegura o pagamento de R$ 200 mil pelo desrespeito à dignidade humana e aos danos causados aos cortadores de cana.
Extra Alagoas
20 de maio de 2008.
Os R$ 200 mil serão pagos em 10 parcelas, depositadas em juízo a partir deste mês até o dia 30. Pelo acordo firmado, os valores serão revertidos para Polícia Rodoviária Federal, Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, entidades filantrópicas que serão indicadas pela PRT e campanhas institucionais da Procuradoria.
No entanto, o acordo judicial não extingue a ação de execução que corre na Justiça do Trabalho por descumprimento de termo de ajustamento de conduta, firmado com a PRT em 2006. Caso a sentença seja favorável ao pleito da Procuradoria, o grupo empresarial poderá pagar mais R$ 20 mil de multa.
As determinações do novo acordo começam a vigorar na safra 2008/2009, que se inicia
A empresa está obrigada a, em caso de doença, aceitar atestados médicos apresentados pelos trabalhadores. Também terá de garantir a realização de exames médicos, obedecendo a periodicidade prevista em lei, e a remoção imediata do trabalhador acidentado nos campos de corte.
Ferramentas e EPI
Os trabalhadores terão de receber ferramentas adequadas, que atendam as características físicas de cada um. Os equipamentos de proteção individual devem ser fornecidos gratuitamente, mas a empresa também terá o compromisso de conscientizar os cortadores sobre a importância da utilização dos EPIs.
Não será admitida a falta de área de convivência para os trabalhadores. Os locais devem estar estruturados com instalações sanitárias, locais adequados para preparo de alimentos e para os trabalhadores fazerem a refeição. Os alojamentos devem ter condições mínimas de saúde e segurança do trabalho, dotados de conforto e higiene.
Caso as usinas descumpram o novo acordo, estarão sujeitas a multa de R$ 20 mil por cláusula desrespeitada. Para cada trabalhador encontrado em situação irregular, também será multada em R$ 2 mil.
Fonte: Assessoria PRT