Embora a desapropriação tenha se dado pela improdutividade agrícola do imóvel, é importante recordar que o proprietário desse Engenho foi condenado em 2005 em uma ação movida pelo Ministério Público do Trabalho, após denúncia da CPT, por manter trabalhadores em situação análoga a de escravos, pelo não pagamento de salários, presença de barracão e pagamento realizado através de vales.
Além disso, desde 2006 o proprietário tentava, através de uma ação de Reintegração de Posse, expulsar as famílias de camponeses da área sem pagar qualquer direito trabalhista além de ameaçar o Pe. Tiago Thorby por realizar celebração religiosa com os moradores, e ainda tentar coagir trabalhadores e seu Advogado durante audiência judicial.
Com a desapropriação do imóvel com área de 478 hectares as famílias vítimas da exploração do proprietário deixarão a condição degradante que, moral e materialmente, viviam para começar uma nova fase em suas vidas, esperando que o INCRA atue de maneira mais ágio e eficiente na criação e consolidação do assentamento rural.