Assalariadas rurais de diferentes municípios do Rio Grande do Norte participaram, no último dia 17, de uma oficina sobre gênero e raça realizada pela CPT. A atividade aconteceu no auditório do Centro Feminista 8 de Março, em Mossoró (RN). As trabalhadoras atuam em empresas de fruticultura irrigada e de carcinicultura nos municípios de Apodi, Baraúna, Assú, Ipanguaçu, Carnaubais, Governador Dix-Sept Rosado e Caraúbas.
Texto: Setor de comunicação
Imagens: Equipe CPT Mossoró (RN)
A atividade foi facilitada por Plúvia Oliveira, da Marcha Mundial das Mulheres, e contou com debates, leituras e estudos sobre gênero e raça. Também houve a apresentação da pesquisa sobre os efeitos dos agrotóxicos na vida das famílias de trabalhadores rurais, realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Assalariados e Assalariadas Rurais (Contar) e pela Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida.
Para as participantes, a oficina representou uma oportunidade fundamental de formação e de reflexão sobre questões que muitas vezes são invisibilizadas no seu cotidiano. Cristiane Pereira, assalariada rural e diretora de finanças da Federação dos Trabalhadores Rurais Assalariados e Assalariadas do Rio Grande do Norte (Fetraern), ressaltou a importância do compartilhamento de saberes ocorrido no espaço. “Somos todas assalariadas rurais, mas a cultura de um município é diferente do outro. A troca de informações foi muito importante. O encontro foi muito bom, e espero que outras oficinas ocorram. Seguimos em luta até que todos sejam livres”.
O sentimento de Cristiane foi compartilhado por outras participantes, como Francione Ferreira, que afirmou ter adquirido “muitos conhecimentos” com as participantes, e Jaqueline Feliciano, que classificou o conteúdo da oficina como “riquíssimo, com muitas trocas de informações importantes para o nosso dia a dia enquanto assalariadas rurais”.
O objetivo do encontro foi aprofundar o debate, fortalecer a articulação e promover a troca de experiências entre as trabalhadoras rurais, considerando as dimensões de gênero e raça, além de reforçar sua organização e a luta contra todas as formas de violência e opressão.