A Comissão Pastoral da Terra (CPT) e o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Apodi (RN) realizam, nos dias 9 e 10 de setembro, o I Seminário Regional - Os impactos da fruticultura e a resistência agroecológica no Semiárido Potiguar. A atividade vai ocorrer na sede do Sindicato e reunirá cerca de 100 pessoas, entre representantes de comunidades impactadas por empresas da fruticultura irrigada na região, agentes pastorais, sindicalistas, assalariados e assalariadas rurais e organizações sociais que acompanham o tema.
O Seminário pretende ser um espaço de escuta dos principais problemas causados por empresas de fruticultura irrigada à região. Durante todo o evento, diversos camponeses, camponesas, trabalhadoras e trabalhadores da cadeia produtiva da fruta estarão presentes para dar testemunhos sobre os impactos sofridos, bem como sobre suas experiências de resistência e de produção agroecológica, consideradas estratégicas para combater o avanço e os efeitos do agrohidronegócio no Semiárido potiguar.
Além dos testemunhos, a programação do Seminário contará, na manhã do dia 9, com a mesa “O agronegócio fruticultor e sua sede por água na Chapada do Apodi (CE e RN)”, com a participação do pesquisador e professor Diego Gadelha, do Instituto Federal do Ceará (IFCE). Durante a tarde, a partir das 14h30, serão apresentados o relatório “Frutas Doces, Vidas Amargas”, com a presença de Gustavo Ferroni, da Oxfam Brasil, e o estudo sobre transferência de renda para safristas da fruta no Rio Grande do Norte, elaborado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE). Em seguida, representante da Federação dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares do Estado do Rio Grande do Norte (FETARN) irá partilhar com os(as) participantes o histórico de luta das mulheres assalariadas rurais da região.
Já na manhã do dia 10, será realizada a mesa “Impactos dos agrotóxicos na saúde dos(as) trabalhadores(as) e comunidades”, com a participação da professora e pesquisadora Andrezza Pontes, da Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN). Para encerrar o Seminário, está programado o debate sobre "a agroecologia como alternativa ao agrohidronegócio" com a participação de representantes da Diaconia, Marcha Mundial de Mulheres, Centro Feminista Oito de Março, além da Rede Xique-xique.
A realização da atividade, que conta com o apoio da Oxfam Brasil, “será uma boa oportunidade para retomarmos a luta em defesa da Chapada do Apodi como território camponês, onde se produz alimentos saudáveis e vida digna para as famílias que lá residem", destaca Antônio Nilton, agente da CPT no Rio Grande do Norte.
Serviço:
O que: I Seminário Regional sobre os Impactos da fruticultura e a resistência agroecológica no Semiárido Potiguar;
Quando: 9 e 10 de setembro de 2022;
Onde: sede do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Apodi (RN).
PROGRAMAÇÃO: