Entre os dias 6 e 8 de maio, o Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) realizou o VIII Seminário de Agroecologia e o VII Seminário de Educação do Campo, que neste ano teve como tema “Agroecologia e educação do campo: da terra de negócio à terra da vida”. O encontro reuniu educadoras e educadores, estudantes, movimentos sociais e comunidades camponesas para refletir, de forma coletiva, sobre os caminhos da agroecologia e da educação do campo.
Setor de comunicação da CPT Nordeste 2/ Imagens: IFPE Barreiros e CPT Equipe Mata Su/PE
A programação foi marcada por oficinas, mesas redondas e debates que articularam saberes populares e acadêmicos em torno de temas relacionados à agroecologia e à educação do campo, com reflexões sobre comunidade e educação, consumo alimentar nas escolas do campo, conflitos agrários, cultura camponesa, juventude, clima, além de diálogos inspirados no pensamento de Josué de Castro sobre alimentação e território.
A Comissão Pastoral da Terra (CPT) participou do seminário, com a presença de agentes pastorais e jovens de comunidades acompanhadas pela CPT na Mata Sul de Pernambuco. No dia 6, o agente pastoral Carlos Felix compôs a mesa de abertura, representando a CPT. No dia seguinte, a CPT contribuiu com reflexões nas mesas “Da terra da cana à terra do pasto: a intensificação dos conflitos e a resistência das comunidades”, com Plácido Júnior, e “Mortes e vidas severinas no século 21”, com Denis Venceslau Benvenuto.
Ainda no dia 7, a CPT acompanhou uma oficina sobre consumo alimentar e escolas do campo, realizada na comunidade de Recondarzinho, no município de Barreiros (PE). Já no último dia, 8 de maio, agentes pastorais e jovens participaram da apresentação de trabalhos produzidos por alunos/as e professores/as sobre os temas que permearam o Seminário.
Para Carlos Felix, o seminário representou um importante momento para reforçar a educação do campo e a agroecologia como saídas estratégias para o cenário de injustiça social que marca o campo brasileiro e nordestino. “Foi muito importante, pois vimos que há muita gente interessada na agroecologia, na educação do campo e na situação fundiária das comunidades camponesas que têm seus direitos violados. Isso mostra que as comunidades não estão sozinhas nessa luta”, destacou.