Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

Representantes de comunidades posseiras em conflitos por terra no município de Jaqueira participaram de uma audiência convocada pelo Ministério Público de Pernambuco nessa sexta-feira, 01, no Recife. O objetivo foi tratar do cenário generalizado de conflitos agrários ocorridos nas terras da Usina Frei Caneca, desativada há cerca de duas décadas e detentora de dívidas milionárias com os cofres públicos e com antigos/as trabalhadores rurais.

 

Setor de comunicação da CPT  NE2

O conflito na área se arrasta há anos e envolve, de um lado, mais de dez comunidades camponesas formadas por cerca de 1.200 famílias e, do outro, a empresa Agropecuária Mata Sul S/A, arrendatária das terras da Frei Caneca.

Também foram convocados para a audiência representantes da CPT, da Fetape, do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), do Instituto de Terras e Reforma Agrária de Pernambuco (Iterpe), além de representantes da Agropecuária Mata Sul S/A, da Usina Frei Caneca e o empresário que arrematou em leilão judicial o Engenho Fervedouro.

Durante a audiência, foi ressaltado o consenso sobre a importância do envolvimento do Incra e do Iterpe para a resolução do caso. Para isso, as primeiras medidas a serem executadas pelas autarquias são as vistorias e a elaboração de laudos técnicos que reúnam informações detalhadas e atualizadas sobre o conjunto das áreas que integram o patrimônio da usina devedora.

A expectativa das famílias posseiras é que, após a conclusão dessa etapa, medidas concretas sejam efetivadas para pôr um fim à rotina de violências e que lhes seja assegurado o direito à permanência na terra em que vivem e cultivam alimentos há pelo menos 70 anos.

 

Comissão Pastoral da Terra Nordeste II

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